Kaíque Martins Coelho, 30, o Nego Zulu, um dos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Guarujá, Baixada Santista, tinha fama de cruel na região, onde praticava violência contra turistas durante assaltos e se exibia postando vídeos e fotos armado com fuzil.
O assaltante se deu mal na madrugada do último sábado (30) ao invadir com um comparsa uma residência no Balneário Praia Pernambuco, no Guarujá. Após recolher dinheiro, telefones celulares e aparelhos eletrônicos, a dupla quis levar uma das vítimas como refém para fazer transferência via Pix.
Na casa alugada havia três homens, duas mulheres e quatro crianças. Os turistas reagiram e partiram para cima dos ladrões. Nego Zulu, armado de um revólver calibre 38, efetuou três disparos. Um dos tiros acertou a perna de um homem de 36 anos.
Mesmo baleado, o homem e os outros dois colegas enfrentaram Nego Zulu. Segundo a Polícia Civil, o criminoso levou várias pauladas e continuou apanhando até a beira da piscina, onde caiu, bateu a cabeça no registro de água e morreu.
Uma das mulheres da casa saiu assustada com o carro e avistou uma viatura da Guarda Municipal. A Polícia Militar também foi acionada. Os agentes chegaram à residência e encontraram o chefe do PCC no Guarujá sem vida. O comparsa do assaltante fugiu, mas já foi identificado e é procurado.
Segundo o delegado Wagner Camargo, o caso foi registrado como roubo, extorsão e tentativa de homicídio. No entendimento da Polícia Civil e do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), as vítimas agiram em legítima defesa.
Camargo explicou que Nego Zulu era muito violento e gostava de agir com crueldade, mesmo quando as vítimas não reagiam. O assaltante atirou três vezes no roubo à residência e tinha a intenção de matar. Por sorte, dois disparos não atingiram ninguém.(*Por Josmar Jozino-Portal UOL- Especial)