TV 3.0: conheça a futura tecnologia da televisão brasileira

Quase todas as pessoas gostam de assistir TV, independentemente de qual seja a programação. Jogar-se no sofá ou na cama e ficar em frente à TV pode ser considerado um dos grandes prazeres da vida para os amantes desse passatempo. E ele só melhora se na televisão estiver passando algo que a pessoa goste.

Com o passar do tempo, e com o avanço da tecnologia, a TV também foi mudando. Ela ganhou cores, novos tamanhos, imagens com melhor definição, enfim, as inovações desse objeto foram inúmeras e ainda estão acontecendo.

Um exemplo disso foi anunciado pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho, na quarta-feira dessa semana. Ele anunciou oficialmente o novo padrão da TV brasileira: a TV 3.0.

De acordo com o Ministério das Comunicações (MCom), o objetivo da nova tecnologia é “revolucionar o setor com integração completa dos canais de TV com a internet”. Com o anúncio veio a dúvida de como isso irá funcionar.

O ponto principal desse novo padrão é a maximizar a interatividade das emissoras de TV abertas com suas respectivas audiências. Isso quer dizer que elas terão a possibilidade de liberar conteúdos através de streaming a partir da televisão aberta, além de jogos e outras coisas.

Outro ponto é que as emissoras irão poder ter seus próprios aplicativos para SmartTVs, o que fará com que o sistema de números usado atualmente seja abandonado. E, de acordo com o G1, não será preciso uma conexão com a internet para que o sinal da TV 3.0 seja recebido.

Uma outra vantagem dessa nova tecnologia é que a imagem irá melhorar de forma absurda. Para se ter uma noção, a TV digital pode transmitir imagens em Full HD (1080p), já a TV 3.0 irá reproduzir conteúdos em 4K e até 8K se a transmissão for assistida pela internet. Além disso, ela também terá otimização através da tecnologia HDR e som imersivo que dará ao telespectador a opção de escolher ouvir apenas o microfone do cantor e a banda, ou impulsionar o som da plateia.

“Estamos diante de uma das mais esperadas revoluções do setor, que chega a ser mais significativa do que vivemos na transmissão do analógico para o digital. É o futuro da TV no Brasil. Na prática, é a integração definitiva entre televisão aberta e gratuita e internet. Todas as evoluções de imagem e som vão estar disponíveis na TV aberta para a população. A interatividade, com a internet, que vai ser possível, é um instrumento a mais, mas não significa que a população precisa ter internet para ter acesso à TV 3.0”, disse Juscelino Filho, ministro das Comunicações.

Os temas e propagandas também poderão ser personalizados pelas emissoras para “melhorar a experiência para o telespectador”, destacou o MCom.

“As mudanças que acontecem no nosso setor nos colocam sempre em momentos cruciais. Hoje passamos por mais uma etapa chave de transformação digital e a evolução da TV 3.0 é um exemplo concreto de que a tecnologia e a internet são nossas aliadas nesse processo”, disse Flávio Lara Resende, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert).

Junto com as emissoras, a TV 3.0 irá permitir recuperar suas receitas com publicidade interativa. Até porque com a chegada dos streamings e redes sociais ela deu uma caída.

Também será possível fazer uma integração de compras direto pela TV através de anúncios ou apps integrados. Conforme ressalta MCom, uma possibilidade são as parcerias e patrocínios com marcas e empresas fazendo os programas terem um patrocínio específico, serem associados a determinados conteúdos ou até criar programas de marca exclusivos.

Além disso, as emissoras de TV aberta também poderiam fazer a oferta de conteúdos pagos, como por exemplo, eventos ao vivo, conteúdos originais, entre outros.

Desdobramentos e implementação

O plano é que essa tecnologia comece a ser implantada em 2025, tendo seu começo nas grandes cidades do país. Enquanto isso, universidades do nosso país e parceiros da indústria e do setor de radiodifusão estão desenvolvendo os padrões tecnológicos para serem integrados às TVs do futuro. Até porque, os televisores atuais não têm suporte para a TV 3.0.

Por conta disso que essa migração deve acontecer gradualmente como foi visto com a transição da TV analógica para a digital. O primeiro passo será a chegada das TVs preparadas para a TV 3.0 com conversores externos e depois as TVs com conversores integrados.

O governo está estudando entregar gratuitamente os conversores para as famílias de baixa renda, da mesma forma que foi visto com a TV digital e troca do sinal das antenas parabólicas.(Fonte: Olhar digital)