Pela primeira vez, Tarcísio de Freitas admitiu que há uma crise na Polícia Militar. Ele afirmou que é preciso ter “humildade” e reconhecer que “alguma coisa não está funcionando”. Segundo o governador, há “falta de treinamento”.
“Quando a gente começa a ver reiterados descumprimentos desses procedimentos, a gente vê que há de fato transgressão disciplinar, falta de treinamento. São coisas que chocam todo mundo, chocam a gente também. A gente fica extremamente chateado, triste”, declarou Tarcísio a jornalistas.
“Quando tem esses casos, isso mancha demais a instituição, agride a gente. Aí é hora de ter humildade: tem alguma coisa que não está funcionando”, acrescentou o governador.
Questionado sobre a possibilidade de fazer mudanças no comando da Polícia Militar, Tarcísio defendeu o comandante Cássio Araújo de Freitas e disse que, “no momento de crise, não é hora de fazer trocas”.
“Vamos redesenhar isso aqui. O que a gente precisa fazer em termos de comparação com outras polícias do mundo? O que a gente tem que intensificar em termos de treinamento? O que a gente tem que fazer em termos de incorporação de novos equipamentos?”, ponderou.
A fala ocorre após uma sequência de episódios de violência policial.
No mês passado, um soldado deu 11 tiros nas costas de um jovem que havia roubado embalagens de sabonete no Jardim Prudência. No último dia 2, um policial jogou um suspeito rendido de cima de uma ponte em Cidade Ademar. Na última terça-feira (3/12), um major da PM de folga invadiu uma adega e espancou um funcionário com pauladas.