• Suzane Von Richtofen é fotografada por estudantes da UniFSP em Itapetininga após voltar a estudar

    3584 Jornal A Bigorna 19/03/2023 08:40:00

    Suzane von Richthofen voltou a estudar Biomedicina, desta vez na Faculdade Sudoeste Paulista (UniFSP), em Itapetininga, no interior de São Paulo. 

    Em janeiro, a pena de Suzane progrediu para o regime aberto e ela se mudou para Angatuba, município também do interior de São Paulo, localizado a 49 km da cidade onde estuda. A UniFSP não se manifestou sobre a matrícula da nova aluna.

    Em 2021, ela conseguiu autorização para cursar Biomedicina em uma faculdade de Taubaté. No início do ano, com a progressão da pena, Suzane transferiu o curso para a instituição de ensino localizada em Itapetininga.

    Estudantes da UniFSP publicaram imagens da nova aluna nas redes sociais na quarta-feira (15). Nas fotos, Suzane está em uma fila da cantina com duas colegas.

    Em 2006, Suzane foi condenada pela morte dos pais. Inicialmente, a pena era de 39 anos. Antes de progressão para o regime aberto, em janeiro deste ano, estava em 34 anos e quatro meses.

    A progressão foi concedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O cumprimento dos requisitos da Lei de Execução Penal foi verificado, segundo nota do órgão divulgada à época.

    Ateliê de costura

    Em fevereiro, Suzane chamou atenção nas redes sociais por ter aberto uma loja de produtos costurados à mão. A página, chamada de ‘Su Entre Linhas’ já tem mais de 25 mil seguidores. Saiba mais aqui.

    As publicações mostram chinelos e bolsas decoradas. Os calçados são vendidos por cerca de R$150. O perfil dividiu opiniões nos comentários da web. Há internautas que apoiam a ex-detenta e há os que condenam Suzane.

    Segundo o autor do livro ‘Suzane: Assassina e Manipuladora’, Ulisses Campbell, quem administra a página de Suzane é Josiely Olberg, irmã de Luciana Olberg, condenada por estuprar duas crianças.

    Luciana e Suzane se conheceram na penitenciária de Tremembé.

    Qual foi o crime que Suzane cometeu?

    Ela foi condenada pelo assassinato dos próprios pais, Marísia e Manfred Von Richthofen. O casal foi golpeado com barras de ferro enquanto dormia.

    Namorado da jovem à época, Daniel Cravinhos, e o irmão, Cristian Cravinhos, confessaram o envolvimento no homicídio. Eles afirmaram que golpearam Marísia e Manfred simultaneamente.

    Daniel foi condenado a 39 anos e 6 meses de cadeia e cumpre pena em regime aberto desde 2018. Já Cristian recebeu pena de 38 anos e 6 meses e cumpre em semiaberto. Ele chegou a ser liberado para aberto, mas perdeu o direito em 2017.

    Suzane cumpriu 20 anos na Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo.

    Antes do regime aberto, em outubro de 2015, ela progrediu para o regime semiaberto. Ali, passou a ter permissão para deixar a cadeia nas saídas temporárias.

    Quando aconteceu o crime?

    O assassinato de Marísia e Manfred Von Richtofen ocorreu em 31 de outubro de 2002. À época, Suzane tinha 18 anos.

    Suzane recebeu herança dos pais?

    Não - a Justiça a excluiu da herança em 2015. Na sentença, Suzane foi considerada indigna de receber os bens.  Em 2002, ano do crime, as posses do casal somavam R$3 milhões

    No espólio de Marísia e Manfred, havia uma casa de alto padrão na zona Sul de São Paulo - local onde o casal foi assassinado - uma chácara em São Roque, dois carros e valores no banco.

    O único herdeiro é o irmão de Suzane, Andreas Von Richthofen. A casa da zona sul foi vendida por ele em 2016.

    O que aconteceu com o irmão, Andreas?

    Na época do assassinato, Andreas Von Richtofen tinha 15 anos. Após, ele viveu com a avó, Lourdes Abdalla e o do tio, Miguel Abdalla Neto.

    Concluiu a graduação em Farmácia e Bioquímica na Universidade de São Paulo (USP) em 2010. Cinco anos depois, conseguiu o doutorado em Química Orgânica também pela USP.

    Em 2017, ele foi detido pela polícia após pular o muro de uma residência em Santo Amaro, bairro da Zona Sul de São Paulo. Após o episódio, Andreas foi internado para tratar o vício em álcool e drogas.

    Depois do episódio, não há registros na mídia sobre ele. Andreas se pronunciou poucas vezes publicamente sobre o crime da irmã.(Da Band Jornalismo)

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