O Estado de São Paulo registrou aumento no total de homicídios, estupros, roubos e furtos no último mês de agosto em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pela própria Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta segunda-feira, 26. Respectivamente, esses crimes cresceram 1,3%, 18,2% 11,9% e 21% comparados com os do ano anterior.
O maior aumento foi notado nos furtos, que chegaram a 50.441 no último mês. Apesar de o crescimento em relação a agosto do ano passado já ser esperado, uma vez que o Estado ainda estava sob grande parte das restrições de circulação da pandemia em 2021, este é o maior total de furtos registrados em um único mês no Estado desde março de 2006.
Os 21.654 roubos registrados em agosto deste ano também são o maior total mensal desde fevereiro de 2020, um mês antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado a pandemia do coronavírus e o Estado ter adotado medidas de restrição contra a doença. Na contramão, o total dos roubos e furtos de veículos são os menores da série histórica iniciada em 2001, quando desconsiderados os dois anos de isolamento.
Os 1.180 registros de estupro no Estado também são os piores para agosto em toda a última década. A última vez que o mês ultrapassou essa marca foi em 2012, quando houve 1.184 crimes deste tipo notificados.
O aumento nos índices de criminalidade, que aos poucos voltam aos níveis pré-pandêmicos, é registrado mesmo após os esforços do governo estadual, que desde maio tem aumentado o efetivo policial nas ruas através da Operação Sufoco. A estratégia começou por dobrar o número de agentes em ação na capital e, nos últimos meses, foi expandida para municípios do interior e do litoral.
“Nos últimos dois anos, São Paulo viveu um período de grande isolamento social, causado pela pandemia do coronavírus, que impactou diretamente a dinâmica criminal”, justifica a SSP. A pasta também alega que houve queda nos índices gerais de roubo, mas usa método pouco convencional de análise para essa afirmação, comparando agosto deste ano com os oito primeiros meses de 2019, “período pré-pandemia em que não houve restrição da circulação das pessoas”, segundo a própria.(Do Estado)