
Um policial civil morreu em troca de tiros envolvendo um policial militar dentro do camarote de uma festa eletrônica realizada no Autódromo de Interlagos, na madrugada deste sábado. José Roberto Cunha Pauferro, mais conhecido como "Sangue", levou quatro tiros, foi socorrido no Hospital do Grajaú, mas morreu na manhã do último domingo
O responsável pelos disparos, segundo boletim de ocorrência, foi o policial militar Alexandre da Silva Laselva, que havia sido alvejado com um tiro na perna um pouco antes. Ele foi atendido no Hospital do Grajaú, na Zona Sul de São mas passa bem. Além de Laselva, um segurança também foi atingido e não corre risco de morrer.
Sangue, como Pauferro era conhecido, trabalhou boa parte da carreira no Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e era, também, um produtor de eventos de música eletrônica em São Paulo. No boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista, no centro de São Paulo, consta que foram encontrados pacotes de cocaína e anfetamina nas roupas do policial civil.
Márcio Roberto Azevedo, o Blade, integrante do programa Legendários, da TV Record, estava com Sangue no evento e contou à polícia que Laselva, trabalhando como segurança do evento, tentou revistar o policial civil no camarote, sem sucesso. Sangue teria impedido o policial militar com um tapa em sua mão afirmando ser policial civil. Os dois discutiram e Sangue seguiu para o banheiro, acompanhado de Blade e mais um amigo.
Segundo Blade, Laselva também foi ao banheiro com outros seguranças, na tentativa de desarmar Sangue, que reagiu contrariamente. Após mais uma discussão, o policial civil sacou sua arma e disparou três tiros. Um deles teria acertado a perna do policial militar, que deixou o local sangrando.
Ainda de acordo com a versão do amigo da vítima apresentada à polícia, Laselva voltou ao local cerca de 10 minutos depois acompanhado de cerca de 30 seguranças, determinado a prender o policial civil. Os seguranças, então, teriam afastado Sangue de seus amigos e, em seguida, vieram os disparos. Quatro atingiram o policial civil, enquanto um acabou acertando um segurança do evento.
Já a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que a Corregedoria da Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de Palferro, que a Polícia Militar também instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato e que a Corregedoria da PM acompanha o caso.(DaF.SãoPaulo)