• Rivais tentaram excluir Marcola do PCC e o juraram de morte, diz relatório

    693 Jornal A Bigorna 14/04/2024 09:00:00

    Polícia

    Um relatório sigiloso do sistema prisional ao qual a reportagem teve acesso mostra como rivais de Marco Willians Herbas Camacho, 56, o Marcola, líder máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), decidiram, dentro de uma prisão federal, expulsá-lo da facção criminosa e "decretaram" a morte dele.

    Os inimigos declarados de Marcola são Roberto Soriano, 50, o Tiriça; Abel Pacheco de Andrade, 49, o Vida Loka; e Wanderson Nilton de Paula Lima, 45, o Andinho. Os três integravam a cúpula da organização criminosa e estão presos na Penitenciária Federal de Brasília.

    O documento secreto cita um diálogo de Vida Loka com uma visita, no parlatório da unidade prisional, em 8 de dezembro de 2023. Ele demonstra o descontentamento com Marcola, porque este último havia chamado Tiriça de psicopata.

    A fala de Marcola aconteceu em 15 de junho de 2022, durante conversa com um policial penal na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) e foi gravada. O áudio foi usado no júri que condenou Tiriça a 31 anos e 6 meses pela morte de uma psicóloga da Penitenciária de Catanduvas (PR).

    Na conversa com o visitante, Vida Loka deixa claro que "a rua" ou seja, todos os integrantes do PCC em liberdade, precisavam saber o que Marcola havia dito sobre Tiriça.

    Segundo consta no relatório, no dia 10 de fevereiro deste ano, Vida Loka cumpriu uma determinação de Tiriça e passou um "salve" — comunicado — para os presos da ala D da unidade sobre o conteúdo da gravação do diálogo entre Marcola e o agente penal de Porto Velho.

    Vida Loka manifestou apoio total a Tiriça e acrescentou estar do lado dele. O relatório aponta que os novos inimigos de Marcola o acusaram de "cagueta, traição e fraqueza" e anunciaram a exclusão dele da maior facção criminosa do Brasil.(Da Folha de SP/ Josmar Jozino)

    OUTRAS NOTÍCIAS

    veja também