Dezenas de professores do Programa de Ensino Integral (PEI) estão sendo realocados de suas unidades escolares, na Diretoria de Ensino de Avaré, segundo denúncia de um professor da escola Benê de Andrade.
Na denúncia enviada ao Jornal A Bigorna, o professor diz que mais de 70 professores foram afetados por essa medida em toda a região de Avaré, gerando preocupação entre educadores, alunos e familiares. Renan Cardoso Carmo, da escola PEI Bene Andrade é um dos que alegam suposta perseguição para sua realocação ( que é quando o professor é desligado de uma escola e deve escolher outra unidade escolar).
Segundo o professor que também é conselheiro da APEOESP a situação não se restringe a uma única escola. Na escola Pedro Bento, localizada em Arandu, 14 professores foram notificados sobre sua realocação. Já na escola Paulo Araújo Novaes, em Avaré, 11 docentes receberam a mesma notificação. Segundo o professor, “os professores afetados são justamente aqueles conhecidos por expressarem suas opiniões de forma mais contundente sobre questões educacionais."
Dirigente de ensino rebate críticas
Em contato com a atual dirigente de ensino, Daniela Miranda Fernandes Santos, a mesma rebateu as críticas:
“Em relação à denúncia mencionada, gostaríamos de informar que nenhum professor foi desligado do Programa Ensino Integral (PEI). Conforme os Artigos 25 e 26 da Resolução SEDUC nº 77/2024, é possível que um professor seja realocado para outra unidade do PEI, permanecendo no programa.
O Artigo 25 estabelece que a decisão de realocação para outra unidade escolar que oferece o PEI é tomada pelo Diretor de Escola, com o apoio da Equipe Gestora e representantes da Diretoria de Ensino, que incluem o Supervisor de Ensino e o Professor Especialista em Currículo (PEC).
Já o Artigo 26 assegura que o Diretor de Escola tem autonomia para decidir sobre a realocação ou permanência do docente, independentemente dos resultados dos indicadores avaliados.”