Câmeras de monitoramento gravaram grupo pichando os muros da igreja. Durante as buscas, a polícia descobriu que dois dos suspeitos tinham três gatos e um cachorro em situação de maus tratos.
Os suspeitos de pichar os muros de uma igreja, em Botucatu (SP), foram presos durante uma operação da Polícia Civil que buscava identificar os autores do ato de vandalismo.
No dia 30 de maio, câmeras de monitoramento da cidade flagraram um veículo parando na Rua Cardoso de Almeida durante a madrugada. Duas mulheres e um homem saíram do veículo e picharam os muros da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, localizada na área central.
De acordo com a Polícia Civil, os investigadores descobriram o endereço de dois dos suspeitos e no local encontraram três gatos e um cachorro em situação de maus tratos. Segundo a veterinária que constatou os maus tratos, os animais estavam em local insalubre, desidratados, passando fome e sede.
O casal foi preso em flagrante pelo crime de maus-tratos aos animais, que tem pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa e perda de guarda.
Os suspeitos foram encaminhados para a Cadeia de Itatinga (SP), onde permanecem à disposição da Justiça. Os animais foram entregues a veterinária da Vigilância Ambiental.
No entanto, antes da prisão, a dupla flagrada realizando a pichação precisou limpar o muro alvo do ato de vandalismo. Ainda de acordo com a corporação, os jovens, ao lado da terceiro suspeito, devem também limpar as pichações nos arredores da praça Comendador Emílio Pedutti, a Praça do Bosque.
De acordo com o artigo 65 da Lei 9.605/98, pichação é crime ambiental e de vandalismo. Além do crime de vandalismo cometido pelo pichador, a legislação brasileira também prevê o crime de dano prescrito no Código Penal, podendo ser cometido tanto em patrimônio público, quanto particular.(Do G-1)