Nesta quinta-feira, dia 19 de dezembro de 2024, a Polícia Civil de Avaré deflagrou a Operação “Green Gold”, uma ação coordenada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré, que contou com o reforço de policiais das Delegacias Seccionais de Botucatu, Itapetininga, Itapeva e Sorocaba. A operação ocorreu simultaneamente nas cidades de São Paulo, Embu das Artes e Taboão da Serra, na região metropolitana, com o objetivo de desmantelar uma quadrilha especializada em roubos e furtos a residências de alto padrão e receptação de bens. A ação resultou na prisão de cinco indivíduos, entre eles uma mulher, e na apreensão de diversos aparelhos celulares e outros objetos depois do cumprimento de 07 mandados de busca e apreensão domiciliar.
Os presos foram detidos sob regime de prisão temporária (prazo de 30 dias, com possibilidade de renovação, a critério da autoridade policial) e serão mantidos em uma das cadeias públicas da região de Avaré. A medida visa permitir que as investigações avancem e que os detidos forneçam informações cruciais para o desfecho do caso. Não está descartada a possibilidade de representação pela prisão preventiva de todos os envolvidos, dependendo do andamento das apurações e da análise de novas provas.
Essa operação desencadeada hoje é um desdobramento de outras ações já realizadas pela DIG de Avaré, que também obtiveram sucesso na prisão de criminosos e na desarticulação de grupos que atuavam em diversas regiões. As investigações tiveram início após um assalto violento em outubro de 2024, no bairro Jardim Europa, em Avaré. Na ocasião, quatro indivíduos invadiram duas residências consecutivas, mantendo moradores e funcionários reféns por cerca de três horas. Durante o crime, as vítimas foram ameaçadas de morte e uma idosa foi agredida fisicamente. O grupo subtraiu dinheiro, joias, relógios, armas de fogo e outros objetos de alto valor. Dois veículos foram usados pelos assaltantes na fuga: um Fiat Palio com placas clonadas, roubado em Campinas, e um Hyundai i30 furtado em Valinhos. Ambos foram localizados durante as diligências posteriores.
Um homem de 38 anos foi identificado como um dos principais facilitadores do grupo. Ele teria fornecido abrigo e alimentação aos criminosos antes da execução dos crimes e armazenado os veículos utilizados na fuga. As investigações apontaram também para seu sobrinho, um homem de 32 anos, atualmente preso no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro. Ele teria articulado o suporte logístico da quadrilha, mesmo estando detido, e mantido contato constante com os membros do grupo por meio de aplicativos de mensagens.
Outros integrantes da organização criminosa foram identificados ao longo das investigações, entre eles um homem de 28 anos, com histórico de envolvimento em crimes de roubo e tráfico de drogas. Ele foi rastreado por meio de dados telefônicos que indicaram sua presença em regiões onde os crimes foram praticados. Uma mulher de 30 anos, apontada como responsável por transferências financeiras entre os membros da quadrilha, também foi identificada. Relatórios investigativos revelaram que ela esteve em contato próximo com outros suspeitos, inclusive durante visitas a detentos no Rio de Janeiro.
Durante as apurações, um homem de 42 anos foi preso em flagrante em Embu das Artes, em uma ação anterior, conduzindo um Kia Soul que continha talões de cheque subtraídos das vítimas de Avaré. Este fato foi incorporado às investigações e contribuiu para a identificação de outros membros do grupo. O material apreendido na ocasião ajudou a conectar a quadrilha a crimes de roubo e receptação.
Nos cumprimentos de mandados durante a operação de hoje, dispositivos eletrônicos foram apreendidos, com potencial de fornecer novas provas sobre as atividades do grupo. A Polícia Civil também identificou a participação de uma mulher de 35 anos, que teria facilitado a aquisição de veículos usados pelo grupo. Essas apreensões reforçam as conexões entre os membros da quadrilha e outros crimes semelhantes no Estado.
Os investigadores utilizaram métodos avançados para apurar o caso, os quais permitiram identificar ligações e mensagens trocadas entre os suspeitos antes e depois dos crimes. Essa estratégia possibilitou mapear a atuação da quadrilha e rastrear os veículos utilizados nos roubos. A operação também revelou conexões entre os membros do grupo e crimes semelhantes em outras localidades do Estado.
Responsável pela operação, Adriano Leite de Assis, delegado titular da DIG de Avaré, destacou que o sucesso da operação se deve à colaboração entre Unidades Policiais e ao uso estratégico da inteligência policial. Ele enfatizou que o trabalho conjunto demonstra a capacidade da Polícia Civil de combater o crime organizado e garantir maior segurança para a sociedade. A atuação integrada das delegacias foi essencial para o desfecho positivo da Operação “Green Gold”.
Segundo a DIG de Avaré, as investigações continuam para identificar outros possíveis integrantes da organização criminosa e apurar a extensão de suas atividades. As autoridades estão analisando os materiais apreendidos, como celulares, em busca de novas evidências. A expectativa da Polícia Civil é que com os novos elementos coletados a apuração seja concluída em breve.
A Polícia Civil reforça a importância da colaboração da população por meio do Disque Denúncia (197). Informações anônimas são fundamentais para o avanço das investigações e para o sucesso de operações como a “Green Gold”. A equipe responsável pelos trabalhos segue empenhada em desarticular completamente a quadrilha e garantir que os envolvidos sejam responsabilizados pelos seus crimes.