Palanque do Zé#O dia em que fui pirateado!

Esses dias concluí que a internet deveria acabar. Explico. Estava eu, todo contente e serelepe fazendo nada na rede mundial de computadores, quando decidi fazer o que quase todo mundo já fez um dia: Dei um Google com meu nome.

Foi uma nostalgia só. Vi fotos antigas, matérias que escrevi lá pelos idos de 2008 e, inclusive, os meus livros num par de sites ordinários, que nunca fizeram pedido para que pudessem explorar minhas obras.

Mas o que mais me revoltou mesmo, foi o que vi num dos fóruns onde, ao invés de pagar menos de dez reais para ter acesso à minha monografia dos tempos da faculdade, as pessoas podiam baixá-la gratuitamente. No campo dos comentários do tal fórum, dizia um sujeitinho desqualificado qualquer, que "para o que se propõe", a minha obra "dá para o gasto". Pilantra! Além de pirateador, é ingrato!

A internet precisa acabar urgentemente. Os caras desceram num nível tão baixo de degradação intelectual, que estão pirateando livros de escritores furrecas como eu! Isso constitui verdadeira ofensa para escritores consagrados como Stephen King, JRR Tolkien, Gabriel Garcia Marquez, Jô Soares e Raquel de Queiroz.

Pra falar a verdade, pensando um pouco mais no assunto, acho que não é só a internet que precisa acabar. Acho que deveria vir outro asteróide, igual aquele que extirpou os dinossauros da face da Terra, para acabar com toda a espécie humana, aí o Planeta ficaria só para os bichos.

Piratear uma obra minha é tão fim de carreira quanto roubar pirulito de uma criança. Como pode ter gente capaz desse tipo de atitude no mundo? Lamentável.

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Pensamento

"Prudência: E devemos sempre deixar bem claro que nenhum de nós, brasileiros, é contra o roubo. Somos apenas contra ser roubados". - Millôr Viola Fernandes (16/08/23 — 27/03/12). Foi um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista brasileiro.