Faz três ou quatro eleições - entre municipais e nacionais - que a questão da "nova política" ganhou profunda relevância. Jair Bolsonaro, goste você dele ou não, está aí para não me deixar mentir.
É verdade que sempre houve essa questão do novo versus o tradicional no campo político, mas agora me parece que o pessoal do marketing está se esforçando para fazer esse mote colar.
Em verdade, ser novo na política não é necessariamente bom e tampouco obrigatoriamente ruim. É só que o sujeito decidiu entrar na cena e pronto!
Afinal, Sarney - por mais incrível que possa parecer - um dia já foi apenas um novato na política.
O que precisa mudar é o jeito de fazermos política. E essa mudança não passa, necessariamente, pela renovação total dos quadros.
O atual Congresso Nacional, por exemplo, é um dos mais renovados da história. Isso adiantou - efetivamente - de alguma coisa? Acredito que não.
O que precisa ser diferente é o eleitor, que tem que parar de vender o voto, que não fiscaliza os políticos e que não estuda o mínimo para entender como o sistema eleitoral funciona.
O problema do Brasil não são os políticos. O problema do Brasil é o brasileiro.
Sou patriota e nunca abrirei mão disso. Não pretendo me mudar de País e muito menos torço para as coisas darem errado - independentemente de quem esteja no Poder - mas lamento profundamente por sermos o que somos.
O Brasil tem todas as condições para ser uma grande Nação: Recursos naturais excedentes, localização estratégica para comércio e defesa em caso de guerra, além de não ser castigado por terremotos, furacões e outros desastres da natureza.
A única coisa que nos falta é um povo com mais senso de dever, de colaboração e de empatia.
Enquanto nosso povo for tão desprovido do básico em termos de caráter, a célebre frase "o Brasil é o País do futuro, e sempre será" vai continuar mais atual do que nunca.