Há alguns dias o principal destaque dos jornais do Mundo todo, depois da questão do COVID-19, era a cotação negativa do barril de petróleo.
Isso mesmo. Se você decidisse levar um barril do "ouro negro" pra casa, o vendedor ainda teria que te pagar 37,63 dólares no auge da crise.
É claro que a situação é absolutamente pontual em razão da diminuição do consumo e consequentemente diminuição da compra por parte da indústria.
A regra é clara: Se muita gente quer, e o produto ou serviço é escasso, o preço é alto. Se pouca gente quer e o produto ou serviço é abundante, o preço é baixo!
No caso, com a parada do Mundo em razão do Coronavirus, milhares de aviões ficaram no chão, milhares de navios ficaram nos portos e, sobretudo, milhões de veículos terrestres ficaram nas garagens! Isso sem falar de todas as outras máquinas e atividades movidas a petróleo, que não aconteceram.
Como tudo foi muito de repente, as petrolíferas não diminuíram a extração a tempo ou no volume necessário e houve excesso de oferta!
Isso me faz concluir três coisas. A primeira, e óbvia, é que o Planeta todo parou, e não só Avaré, São Paulo ou o Brasil, como alguns parecem crer.
A segunda é que estávamos consumindo petróleo muito além das capacidades do Planeta, e isso vai nos causar problemas futuros. Por isso precisamos investir (mas de verdade) em fontes de energia renováveis.
E a terceira é que somos absolutamente dependentes de um recurso natural e finito. Mais uma razão para investirmos em outras fontes de energia, preferencialmente as renováveis.
Mas, nessa altura do campeonato, talvez você esteja se perguntando… mas e o que fizeram com o petróleo excedente? Estocaram. E é exatamente por isso que os navios petroleiros, em sua maioria, estão parados nos mares, lotados.
Eles estão servindo como verdadeiros depósitos ambulantes, porque os depósitos em terra estão lotados e as tubulações estão repletas e sem fluxo.
E tudo bem? É só esperar? Basicamente sim. Mas isso tudo tem um preço. Entendidos do assunto apontam que o custo diário de um navio parado no mar seja de 30.000 dólares.
E, como não existe almoço grátis, esse preço vai ter que ser pago por alguém. E esse alguém é o consumidor final, que somos nós. Por isso, assim que as coisas forem entrando nos trilhos novamente e a economia for reaquecendo, tenha a certeza de que a sua conta no posto de gasolina estará um pouco mais salgada.
Esse é o motivo de as grandes empresas de transporte, seja por terra, água ou ar, estarem comprando combustível para estoque. As que têm alguma condição de investimento em meio ao caos econômico em que estamos, é claro!
Por fim, um mapa mostrando onde estão os navios petroleiros repletos de carga, nos dá uma dimensão mais exata da cena atual. Clique no link para ver, é impressionante: https://bityli.com/MrFTi.