Certa feita, em meados de dezembro de 1970, Richard Nixon foi surpreendido com a visita de Elvis Presley. O Cantor deixou uma mensagem com os seguranças da Casa Branca, solicitando uma reunião com o Presidente.
Para entender como duas figuras aparentemente tão diferentes se encontraram, é essencial compreender o contexto da época.
Nixon, como Presidente da Nação mais poderosa do Mundo, e Elvis, como um dos maiores ícones da música, estavam entre os indivíduos mais famosos do Planeta. No entanto, ambos enfrentavam dificuldades: Nixon lidava com a Guerra do Vietnã, a insatisfação popular e um crescente problema de consumo de drogas; Elvis, por outro lado, via sua popularidade ameaçada pelo surgimento da cultura hippie e do pacifismo, enquanto já não emplacava grandes sucessos há alguns anos.
Mas o desejo de Elvis de se reunir com Nixon não era apenas para se aparecer e tentar “voltar à mídia”, sendo que ele nunca saiu.
Ocorre que o Rei do Rock realmente era fã da Polícia, tanto que colecionava armas e distintivos. Mais do que isso, Elvis queria um distintivo oficial que lhe concedesse autoridade para atuar como Agente disfarçado da Agência Antidrogas.
Para isso, organizou uma viagem secreta a Washington DC, acompanhado por Schilling e Sonny West, seus amigos íntimos. No avião, escreveu uma carta de próprio punho expressando sua vontade de ajudar o Presidente no combate às drogas. "Ele queria usar sua influência como figura do entretenimento para incentivar os jovens a não consumirem drogas", explicou Bud Krogh.
A ironia dessa situação se revelou mais tarde, pois o próprio Elvis fazia uso excessivo de medicamentos controlados, um hábito que acabaria contribuindo para sua morte precoce aos 40 anos. Schilling conta que o Cantor não percebia os riscos desses medicamentos da mesma forma que enxergava as drogas ilícitas. "Elvis não gostava da música que promovia as drogas", afirmou.
Nixon também via o consumo de drogas como um grande desafio para a juventude americana e implementava políticas para combatê-lo. Bud Krogh sugeriu que um encontro com Elvis poderia ser benéfico para o Presidente. Assim, a reunião foi autorizada. No entanto, ao chegar à Casa Branca, Elvis levou um presente inusitado para Nixon: Uma pistola automática Colt 45, em um estojo elegante acompanhada de munição.
Nixon havia recebido tópicos de conversa preparados por seus assessores, mas Elvis surpreendeu ao declarar que havia estudado profundamente as técnicas comunistas de lavagem cerebral: "Esse foi um dos assuntos que me pegou de surpresa", relembrou Krogh. E Nixon se interessou tanto, que pediu para Elvis continuar: “Continue com isso, não podemos deixar que muita gente caia na lavagem cerebral comunista".
Com o desenrolar da conversa, Elvis contou ao Presidente que gostaria de ser um Agente Federal Antidrogas e pediu um distintivo à Nixon, que perguntou aos seus assessores se seria possível. Ao passo que as coisas deram certo, Elvis ficou tão emocionado que abraçou Nixon, quebrando o protocolo.
Como sinal de gratidão pela realização de um sonho, Elvis presenteou Nixon com uma pistola Colt de calibre 45, e algumas munições, que foram entregues numa caixa revestida com veludo roxo.
Ao finalizar a reunião, Elvis saiu radiante da Casa Branca, levando consigo o distintivo, item que carregou consigo até o fim de sua vida. Ele está exposto até os dias de hoje em Graceland, o museu do Rei.
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