• Palanque do Zé #325 – Sob Lula, economia mostra sinais de estresse

    264 Jornal A Bigorna 05/11/2024 22:00:00

    Nas últimas semanas de 2024, a situação econômica do Brasil sob o Governo Lula revela claros sinais de estresse.

    Embora o crescimento do PIB tenha sido revisto para cerca de 2%, o déficit primário esperado é de 0,78% do PIB, o que representa uma ligeira melhoria, mas ainda assim reflete a incapacidade do Governo do PT, de alcançar a meta de equilíbrio fiscal.

    Essa dificuldade expõe as limitações do arcabouço fiscal proposto por Lula e seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levantando dúvidas sobre a sustentabilidade da política econômica no longo prazo.

    O Governo tem se beneficiado de uma inflação oficial em queda, com a taxa Selic reduzida para 11,75% ao ano. Isso teoricamente favorece o consumo e os investimentos, mas a desaceleração dos juros tem sido insuficiente para compensar a falta de reformas estruturais e cortes no gasto público.

    A ênfase de Lula em não realizar cortes em investimentos e em expandir os programas sociais se choca com a necessidade de consolidar as contas públicas, gerando uma dependência perigosa do crescimento para equilibrar o orçamento, em vez de se apoiar em mudanças fiscais profundas, que garantem nosso futuro no longo prazo, mas que são impopulares no curto prazo, sobretudo entre aqueles que recebem benefícios monetários do Governo.

    Desde que a Esquerda voltou ao Planalto Central, uma das questões mais criticadas é o aumento significativo do déficit das estatais, que acumulam um rombo de R$ 9,76 bilhões entre 2023 e 2024, um dos piores resultados do século.

    Tais dados, por si só, já são catastróficos, porém eles ficam ainda piores se comparados aos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, quando essas mesmas empresas públicas apresentaram saldos bem mais positivos. O Governo Bolsonaro, por exemplo, obteve um superávit de R$ 31,16 bilhões, enquanto as políticas de contenção de gastos e saneamento financeiro do Governo Temer reduziram custos e resultaram em um equilíbrio fiscal notável.

    Sim, no Brasil, o fundo do poço tem um alçapão.

    Isso sem falar no Dólar, que está próximo da máxima histórica, sendo cotado a cerca de R$ 5,90.

    Mas quando foi a “máxima histórica” do Dólar? No Governo Bolsonaro, com a Pandemia do Vírus Chinês ceifando vidas aos milhares e transformando economias inteiras em pó. Sim, o PT consegue ser pior do que a maior catástrofe sanitária mundial de nossos dias!

    Talvez você seja daqueles que dizem que “não come Dólar”, e que isso só é um “problema dos ricos”. O ponto é que a instabilidade da moeda não apenas pressiona a inflação, com impacto direto sobre produtos importados e combustíveis, mas também afeta os investimentos estrangeiros, que historicamente optam por ambientes mais previsíveis. Sabe a picanha e a cervejinha que te foram prometidas? Então, “na volta a gente compra”...

    Se você for um arrimo de família minimamente responsável, nessa altura do campeonato já sabe que a coisa está feia. Mas e no ano que vem?

    Acredito que a economia brasileira em 2025 provavelmente enfrentará um cenário de ainda maiores estresses, e isso fará com que a população se revolte, assim como aconteceu no Governo Dilma 2, o que possibilitou o seu impeachment, politicamente falando.

    No campo da economia em si, aposto em 5 pontos centrais:

     

    1. A estratégia do Governo Lula tem sido impulsionar o crescimento econômico por meio de estímulos ao consumo e investimento público, o que o impede de controlar o endividamento público. Isso irá deteriorar ainda mais a confiança do mercado, impactando a moeda e elevando o risco-país.

     

    1. O rombo nas estatais deve continuar sendo um peso fiscal. Assim, os prejuízos  consumirão ainda mais recursos, prejudicando a execução de outras áreas estratégicas da economia.

     

    1. Com o Dólar “rumando ao hexa”, haverá inflação alta, especialmente em setores dependentes de importações, como energia e insumos industriais, o que encarece importados e afeta o poder de compra das famílias, pressionando o Banco Central a manter uma postura cautelosa quanto a cortes de juros, apesar de o próximo Presidente da Instituição ser Galípolo, que é claramente alinhado aos interesses de Lula.

     

    1. A economia global enfrenta uma desaceleração, o que irá reduzir a demanda por exportações brasileiras, principalmente commodities. Com os juros internacionais altos, a atração de capital externo para o Brasil também será mais difícil, prejudicando o câmbio e impactando investimentos.

     

    1. Embora a Selic tenha sido reduzida para 11,75% ao ano, qualquer sinal de aumento da inflação, seja por alta do Dólar ou por pressões de demanda, limitarão novas reduções de juros. Isso afeta diretamente o crescimento econômico e encarece o crédito, limitando o consumo e a recuperação de setores sensíveis ao crédito, como a construção civil e o varejo.

     

    Em resumo, 2025 deverá ser o ano do “Deus nos Acuda”. É por isso que eu te aconselho a poupar o máximo de dinheiro que conseguir. Aplicações em Dólares tendem a ser boas nesse contexto.

    O ideal é que você tenha acesso ao dinheiro físico, mas se não for possível, o Nubank negocia a criptomoeda “Dólar Digital”, que acompanha o valor da moeda física. Além de ser muito mais fácil de comprá-la, ainda há a vantagem de comprar apenas “centavos de Dólar”, o que possibilita que todos possam participar, independente de classe social.

    Para quem tem um pouco mais de “bala na agulha”, o Banco Santander permite que você saque Dólares diretamente no caixa eletrônico, a um preço razoável.

    Por fim, eu gostaria de deixar muito claro que sou Advogado e Jornalista, não tendo qualquer formação na área econômica. Nesse campo do conhecimento, sou apenas um leigo bastante dedicado, pois acompanho o assunto diariamente pela Internet.

    Dito tudo isso, caso você tome alguma decisão financeira baseada nessa coluna, o risco e eventuais prejuízos são todos seus.

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