A ilusão de que o Governo Brasileiro está buscando uma “saída negociada” com o Ditador Nicolás Maduro é tão sem base na realidade, que beira o mau-caratismo.
Agora, os petistas dizem que a culpa pelo fracasso iminente das negociações realizadas pelo anão diplomático que é o Brasil, está sendo atribuída aos opositores venezuelanos, que efetivamente venceram as eleições na Venezuela.
Na narrativa que o Governo de Lula repassa à imprensa, ao assinarem uma carta solicitando que os países vizinhos reconheçam a vitória da oposição venezuelana na eleição presidencial, Edmundo González Urrutia, o verdadeiro vencedor teria dificultado os esforços do Brasil, México e Colômbia em relação ao Ditador Maduro.
Todos sabem que os ditadores não são dignos de confiança, e Maduro não é exceção.
Basta observar como ele ignorou os Acordos de Barbados, que previam uma eleição presidencial limpa e monitorada por observadores internacionais das grandes democracias, simplesmente desconsiderando o resultado das urnas e declarando-se vencedor.
Não pode haver negociação com esse tipo de gente, pelo simples fato de estarem acusados. O Ditador Maduro sabe que se deixar o poder, correrá o risco de ser preso por associação com o narcotráfico, crime pelo qual é acusado nos Estados Unidos.
A verdade é que Maduro precisa ser removido à força, mas os militares continuam ao seu lado, situação que parece não ter previsão de mudar tão cedo, pois na Venezuela, as Forças Armadas estão atoladas até o pescoço em corrupção, e uma eventual mudança de Regime acabaria com os vastos lucros do narcotráfico, que mantém essa gente fiel ao Ditador.
Lula propaga a ideia de que é necessário evitar um cenário de “Guaidó 2”, em referência ao Ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que autoproclamou-se Presidente daquele País, desafiando o Ditador, e foi reconhecido como “Presidente Interino” pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Com o tempo, Guaidó revelou-se uma figura de ações e caráter questionáveis, e essa é a base da argumentação de Lula.
Ocorre que comparar Guaidó com Edmundo González Urrutia é uma falácia, pois esse último venceu uma eleição presidencial legalmente, de modo que sua legitimidade como presidente eleito é incontestável sob qualquer ponto de vista, tal como reforçou a carta pró-democracia assinada por 30 ex-presidentes estrangeiros que cobraram do Governo Federal Brasileiro, uma posição coerente sobre a situação vexaminosa da Venezuela.
Mas é claro que isso não vai acontecer, pois Lula e o PT são aliados históricos do chavismo, de modo que reconhecer o fracasso e a falência do regime de Maduro, seria o mesmo que admitir que os adversários do petismo aqui no Brasil sempre estiveram certos sobre a Ditadura na Venezuela.
Lula, que nunca foi um líder coerente com as boas práticas democráticas, hoje não passa de uma triste cópia mal feita do que já foi um dia, e assim amarra a Diplomacia Brasileira a esse passado que o condena a ser o que sempre foi: Um líder que sempre quis ser grande, mas que nunca saiu da insignificância mundial, não por falta de talento ou oportunidade, mas por sempre escolher estar do lado errado da história.
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