Dia 09 de fevereiro ocorrerá mais uma Cerimônia de entrega do Oscar. A festa, que é realizada pela The Academy Awards desde 1927, objetiva premiar anualmente os profissionais da indústria cinematográfica com uma estatueta, em reconhecimento à excelência do trabalho e conquistas na arte da produção cinematográfica.
Como é sabido, o palco do evento tem sido muito utilizado para manifestações políticas, embora a organização tente coibir isso de muitas maneiras, desde conceder aos agraciados apenas alguns segundos de fala até o corte efetivo do microfone.
Visando garantir que somente os melhores sejam agraciados, A Academia cuida para ter entre seus jurados, gente muito boa e entendida do assunto, tal como o brasileiro Fernando Meirelles.
Um desses "entendidos do assunto" é o escritor Stephen King, autor de best sellers como “It, A Coisa”, “Carrie, A Estranha” e “Um Sonho De Liberdade”, só para citar três dos seus mais famosos trabalhos, que se somam em mais de 50 livros que venderam, juntos, mais de 350 milhões de cópias ao redor do globo.
Uns dias depois da divulgação dos filmes que concorrerão à uma premiação, King foi ao Twitter para dizer sua opinião sobre a polêmica da suposta falta de diversidade de gênero, entre os nomeados para concorrerem ao Oscar 2020: "Como escritor, posso indicar em apenas três categorias: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Roteiro Original (...) Para mim, a questão da diversidade - como se aplica a atores individuais e diretores, de qualquer maneira - não apareceram. Dito isto, eu nunca consideraria a diversidade em matéria de arte. Apenas qualidade. Me parece fazer o contrário seria errado".
Muito razoável, não? Afinal, lembre-se que o objetivo da Academia é “premiar anualmente os profissionais da indústria cinematográfica com uma estatueta, em reconhecimento à excelência do trabalho e conquistas na arte da produção cinematográfica”, como dito acima. Ninguém aqui está falando de diversidade de gênero, política de inclusão social ou de igualdade. Estamos, repisa-se, falando de qualidade pura e simplesmente.
Mas o pessoal da esquerda mundial resolveu ficar de mimimi mais uma vez e inundou o Twitter do Mestre do Horror com seu papo furado anti meritocracia, o que o obrigou a se manifestar novamente: "A coisa mais importante que podemos fazer como artistas e pessoas criativas é garantir que todos tenham a mesma chance, independentemente de sexo, cor ou orientação. No momento, essas pessoas estão mal representadas, e não apenas nas artes (...) Você não pode ganhar prêmios se ficar de fora do jogo".
Ou seja, King, assim como qualquer pessoa de bom senso, acredita que todos nós devemos ter condições para sermos bons no que fazemos, independente de cor, credo, raça ou sexo. Mas se não formos bons, não merecemos prêmio!
O raciocínio é tão lógico, que chega a ser vergonhoso ter de explicá-lo. E ainda pior: Tenho vergonha alheia de ver gente defendendo publicamente que uma associação criada única e exclusivamente para glorificar os melhores do cinema mundial retire a estatueta de quem a merece, para entregá-la ao incompetente, só porque ele é politicamente engajado. Seria como se a professora da quinta série retirasse a nota boa de uma criança, e a transferisse para outra, só porque ela faz birra com frequência.