• Palanque do Zé #305 – Sobre a “proposta de paz” de Putin para a Ucrânia

    567 Jornal A Bigorna 16/06/2024 11:00:00

    Palanque do Zé

    Semana passada teve início a Cúpula pela Paz na Ucrânia. O evento, que foi sediado na Suíça, não serviu para nada, senão fazer parecer bonzinhos os aliados ocidentais da Ucrânia, que se viu “obrigada” a participar, para não ficar sem financiamento.

    O evento foi tão sem propósito, que a Rússia, país causador do conflito, não foi convidado a participar e dizer se toparia ou não, encerrar o conflito. É como ensina o ditado: “Faltou combinar com os russos”. Literalmente, nesse caso.

    Mas, mesmo sem ter sido convidado, o Governo de Vladimir Putin tornou públicas as suas “condições” para encerrar as hostilidades e “nunca mais” avançar contra a Ucrânia:

     

    1. A Ucrânia deve ser neutra, recusando qualquer assistência militar internacional, se abstendo de fazer parte de alianças militares, nunca possuir armas nucleares,  desmilitarizando-se completamente e entregar as armas ocidentais para a Rússia, além de se “desnazificar”, termo usado pelo Governo de Putin para exigir a renúncia de Zelensky e a “eleição” de um novo governo pró-russo;

     

    1. A totalidade dos territórios ucranianos de Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson deve ser cedida à Rússia em sua totalidade. Não apenas as áreas já ocupadas por Putin;

     

    1. Todas as sanções internacionais contra a Rússia devem ser removidas.

    Essas três condições não são, obviamente, uma “proposta de paz”, mas sim “termos de rendição incondicional” que apenas demonstram claramente as intenções de Putin para o Mundo.

    Se obtiver o que quer, assim como Hitler conseguiu nos meses pré-Segunda Guerra Mundial, Putin avançará sobre a Europa. E é justamente por isso que sou contra a perda de tempo que a tal “Cúpula pela Paz na Ucrânia” proporciona.

    A Ucrânia precisa de menos discurso e mais dinheiro para, “na bala”, impedir que Putin promova a expansão territorial da Rússia, através da conquista de regiões pertencentes a outras nações. Hoje é a Ucrânia, mas amanhã pode ser a Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia, Bielorrússia (que já é um estado-vassalo da Rússia), Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, Mongólia, Coreia do Norte e, porque não, China?

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    Pensamentos de Sir Winston Leonard Spencer Churchill, Primeiro-Ministro britânico, durante a Segunda Guerra Mundial:

    “Nunca se renda, exceto às convicções de honra e bom senso”.

    “Não adianta dizer: “Estamos fazendo o melhor que podemos”. Temos que conseguir o que quer que seja necessário”.

    “É melhor morrer em combate do que ver ultrajada a nossa nação”.

    “A lição é a seguinte: nunca desista, nunca, nunca, nunca. Em nada. Grande ou pequeno, importante ou não. Nunca desista. (...) Nunca se renda à força, nunca se renda ao poder aparentemente esmagador do inimigo”.

    “Um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado”.

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