Que Ricardo Eugênio Boechat foi um jornalista fantástico, ninguém duvida. Âncora notável por sua capacidade de sintetizar como ninguém os fatos, ele vivia o seu auge quando, em 11 de fevereiro de 2019, sofreu um fatal acidente de helicóptero.
Mas o que você talvez não saiba é que o tricampeão do Prêmio Esso de jornalismo (e multicampeão do Prêmio Comunique-se), era um adepto contumaz do meu lema de vida: A zoeira nunca acaba!
E é justamente nisso que se foca a biografia "Eu Sou Ricardo Boechat", recém lançada. O livro - escrito por seus colegas de trabalho, Eduardo Barão e Pablo Fernandez - retrata por meio de 100 histórias únicas, a complexa e querida personalidade rabugenta do argentino mais brasileiro de todos.
Nele, você saberá em detalhes histórias de quando, por exemplo, Boechat esqueceu a filha na praia, foi preso com um carro da Maitê Proença por não ter habilitação ou quando contratou, sem querer querendo, uma garota de programa anã!
Mas a obra também faz questão de trazer o lado humano do Jornalista à tona. Ele fazia inúmeras caridades, pagava plano de saúde para os necessitados e faculdade para quem não tinha oportunidade. Além de fazer questão de atender todos os que lhe pedissem uma foto ou autógrafo!
A leitura é fluida e muito agradável. Os capítulos são pequenos e trazem as histórias sem enrolação, ou seja, um prato cheio para os leitores da segunda década do século, que não gostam de "textão" ou de ter que ler nas entrelinhas para compreender o que o autor quis dizer.