Hoje nós vamos falar aqui no Palanque, sobre um tema que tem me causado cada vez mais preocupação: O antissemitismo e a islamofobia, que é o sentimento de aversão, repúdio ou medo irracional em relação aos muçulmanos e/ou ao Islamismo.
Este sentimento tem raízes históricas e culturais profundas, e vem se intensificando nos últimos anos, principalmente em países ocidentais, como Estados Unidos, Canadá, Europa e Israel, notadamente após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, dentre outros.
Outro fator crítico para tal aumento, certamente está na crescente presença de muçulmanos em países ocidentais, como a França, que está perdendo a sua própria cultura e identidade nacional neste processo.
Principalmente, mas não só na Europa, temos visto a propagação de preconceitos e estereótipos através da mídia e da cultura popular ao longo dos tempos. E, infelizmente tem funcionado, pois há a nível global, clara discriminação no emprego, moradia, educação e serviços públicos contra judeus.
Recentemente, muitos casos de agressões físicas e verbais contra judeus foram registrados, com os criminosos inclusive marcado seus comércios e residências com a Estrela de Davi, tal como faziam os nazistas no período da Segunda Guerra Mundial.
É preciso deixar claro que a islamofobia é um problema sério e que além de trazer consequências devastadoras para as vítimas, rebaixa a humanidade em alguns graus na escala das degradações humanas.
Recentemente, centenas de pessoas protestaram contra passageiros judeus que desembarcaram no aeroporto de Makhachkala, na Rússia. Eles queriam “matar judeus”.
No Brasil, um casal de refugiados afegãos foi hostilizado e acusado de fazer parte do Hamas, sem qualquer prova ou sequer indício disso.
Aliás, segundo entidades judaicas, houve um aumento de 1.200% dos casos de antissemitismo desde o início da guerra aqui mesmo, no nosso País. Casos de preconceito contra muçulmanos foram registrados sobretudo em São Paulo, onde a comunidade de refugiados de origem islâmica é maior.
Nos Estados Unidos, o aumento de casos de ódio contra judeus é de 400% e os ataques contra muçulmanos têm o maior número desde 2015. Tendências similares foram observadas na Europa, em países como Reino Unido, Alemanha e França.
Caso não haja uma clara e forte reação social e governamental contra esse nítido aumento nos casos de antissemitismo e islamofobia, a humanidade corre o risco de ver acontecer um novo Holocausto, que foi um genocídio sistemático e intencional perpetrado pelo Estado nazista alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Na oportunidade, aproximadamente seis milhões de judeus, ou cerca de dois terços da população judaica da Europa, foram mortos em um programa de extermínio baseado única e exclusivamente em critérios duvidosos como o étnico.
O Holocausto começou com a ascensão do nazismo ao poder na Alemanha em 1933. Os nazistas, liderados por Adolf Hitler, acreditavam que os judeus eram uma raça inferior que representava uma ameaça à Alemanha. Eles promulgaram uma série de leis e políticas que discriminavam os judeus, incluindo a proibição de casamentos mistos e a segregação social.
Em 1939, a Alemanha invadiu a Polônia, iniciando a Segunda Guerra Mundial. Os nazistas começaram a deportar judeus para campos de concentração, onde eram submetidos a trabalho escravo, fome e doenças. Em 1941, os nazistas começaram a implementar a "Solução Final para a Questão Judaica", um plano para exterminar todos os judeus da Europa.
Os judeus foram deportados para campos de extermínio, onde eram mortos em câmaras de gás ou fuzilados. Os campos de extermínio mais conhecidos eram Auschwitz, Treblinka e Sobibor.
Como se vê, o Holocausto foi um crime hediondo contra a humanidade, e é importante lembrar e honrar as suas vítimas, porque ele foi um evento real e documentado, não uma teoria da conspiração como muitos defendem nas redes sociais e até mesmo em livros, documentários e afins.
O Holocausto foi um genocídio sistemático e intencional, não um acidente ou uma consequência da Segunda Guerra Mundial, pois os nazistas acreditavam que os judeus eram indignos da vida, assim como muitos hoje fazem parecer ser.
A escalada de ódio e opressão contra povos ou grupos sociais minoritários constitui-se em um passo fundamental para que uma guerra de proporções globais ecloda, noutras palavras, a Terceira Guerra Mundial.
Esse é um erro que a humanidade já conhece e não pode repetir.
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