É claro que não sou contra a capinação das ruas de nossa cidade. Afinal, sem esse tipo de serviço logo o mato tomaria conta de tudo.
Entretanto, como fizemos em quase todas as áreas do conhecimento humano, também tratamos de inventar uma máquina capaz de tornar a atividade de carpir mais fácil. No caso, estou falando da roçadeira.
A roçadeira, apesar de facilitar o serviço e agilizar a limpeza, traz seus perigos, sendo que o mais evidente deles é arremessar pedrinhas e pequenos outros materiais para todos os lados.
Há aproximadamente dois meses, andando a pé pela cidade, um pedregulho atingiu minha testa quando passei ao lado de dois funcionários da Prefeitura que capinavam o mato na esquina da Rua Cerqueira César com a Mato Grosso.
Na quinta feira passada eu estava no carro com o meu Pai quando uma outra pedrinha me atingiu a bochecha. Também passávamos por um pessoal da Prefeitura fazendo capinação. Mas dessa vez estávamos na Rua José Rebouças de Carvalho, quase na esquina com a Mato Grosso.
Nessa oportunidade, meu Pai contou que foi exatamente dessa forma que um amigo nosso teve o vidro do carro quebrado.
Eu não me machuquei seriamente em nenhuma das duas vezes, mas pela força dos impactos, não acho que vai demorar muito para algo ruim de verdade acontecer.
Sei que para a Prefeitura é inviável ficar levando pra lá e pra cá aquelas telas de proteção que as concessionárias de rodovias usam pra fazer a capinação dos canteiros, mas o Prefeito Jô Silvestre deveria, ao menos, proibir a capinação das ruas da cidade durante o dia, visando diminuir a probabilidade de acidentes.
A realização desse serviço durante o turno da noite geraria custos de hora extra e adicional noturno, mas certamente isso sai mais barato do que um processo de indenização por lesão.