Se você quiser que o seu ponto de vista prevaleça a nível social, ainda que ele seja falso, precisa infiltrar suas ideias aos poucos na mente das pessoas, afinal, como certa vez disse Joseph Goebbels, que foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.
Tenho que admitir que Goebbels, o grande responsável por tornar o mais abjeto regime político que a humanidade já viu em algo palatável aos alemães e parte considerável do mundo, tinha razão.
Esse é um dos motivos, senão o principal, de a esquerda procurar sempre se apossar de palavras e conceitos chave, para mudar-lhes o significado original, tal como foi feito com “meu corpo, minhas regras”, “controle social da mídia” e “vidas negras importam”, por exemplo.
Assim como na “novilíngua” de George Orwell, “meu corpo, minhas regras” deixou de significar respeito pelas mulheres e passou a ser uma defesa ao aborto, “controle social da mídia” deixou de ser censura e passou a significar o fim dos grandes grupos de mídia e “vidas negras importam” deixou de significar que todos são iguais e merecedores de respeito e passou a ser justificativa para baderna na visão dos esquerdistas.
Talvez você acredite que eles o fazem por pura ignorância ou inocência, mas não se engane. Esses são movimentos muito bem calculados e foram executados diversas vezes ao longo de toda a existência humana, antes mesmo de os conceitos de “esquerda” e “direita” tomarem a forma como atualmente conhecemos no que diz respeito ao exercício da política partidária.
Como sabemos que a esquerda jamais conseguiu manter uma sociedade sadia por muito tempo após assumir o poder, as narrativas são fundamentais para que possam ascender, manterem-se e perpetuarem-se no poder.
Pelos idos de 1980 até 2005, o grande mote do PT era a ética, por mais incrível que isso possa parecer nos tempos atuais. Se você tiver menos de 25 anos, talvez não saiba, mas era absolutamente comum que uma denúncia de roubalheira de dinheiro público viesse à tona por meio de um parlamentar da bancada petista, que era a minoria de qualquer parlamento brasileiro, mas que dava trabalho aos integrantes do establishment de qualquer nível das esferas do Poder.
Mas aí a realidade se impôs e descobriu-se que o PT, enquanto alojado no Palácio do Planalto ainda durante a primeira presidência de Lula, criou o Mensalão, que era basicamente um esquema que propiciava a compra de apoio parlamentar com dinheiro público.
E aí todos nós (inclusive a grande mídia e até mesmo a Rede Globo) descobrimos que o PT era um partido tão ordinário quanto todos os outros. Como a falta de memória é a especialidade do povo brasileiro, Lula foi reeleito e ainda conseguiu fazer de Dilma, sua sucessora por mais duas vezes.
Como era de se esperar, a engenharia criminosa do PT não parou no Mensalão, e futuramente os cofres públicos vieram a ser vilipendiados por um outro esquema, que ficou popularmente conhecido como “Petrolão”. Foi aí que o Partido dos Trabalhadores elevou a corrupção já enraizada na política brasileira à casa do bilhão.
Com Dilma afundando a economia na maior crise econômica da história nacional e a Operação Lava-jato prendendo “um petista por dia”, era hora de o Partido dos Trabalhadores recuar. Principalmente quando o preso foi Lula.
Por ordem direta de Lula, os “companheiros” deixaram Dilma agonizando sozinha até sofrer o impeachment e se voltaram para as bases. Era preciso se reinventar, afinal.
Foi mais ou menos no ano de 2020 que eles se apropriaram do termo “democracia” e passaram a dizer que Bolsonaro a colocava em risco. Tudo parte de uma narrativa falaciosa. Isso porque, ao mesmo tempo em que se dizem democráticos, não veem qualquer problema em, juntamente com PSOL, PCdoB e PDT, defenderem ditaduras com longo histórico de censura, prisões arbitrárias, torturas e execuções sumárias, como as de Cuba, Irã, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, China e Rússia, por exemplo.
Aliás, recentemente, o pessoal do PSOL, PT, PCdoB, PDT, MDB, PSD e PSDB não viu problema em participar de um evento promovido pelo Partido Comunista Chinês.
O Partido Comunista Chinês é o único a existir na China, apesar de “autorizar” o funcionamento de outros à sua semelhança e forma. Sob o seu comando, milhares de opositores foram e são torturados, enviados para campos de concentração e posteriormente mortos única e exclusivamente em razão de suas opiniões políticas divergentes.
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No Brasil, a “defesa da democracia” ganhou força entre partidos de esquerda – notadamente no PT – porque Bolsonaro nunca foi muito bom de diálogo. Cada grosseria e fala atravessada do Presidente foi usada habilmente contra ele, para imputarem-lhe a pecha de ser alguém truculento e propenso a instaurar uma ditadura a qualquer momento. Mas a verdade é que, da parte dele, jamais houve qualquer movimento nesse sentido.
Ouvir o que o outro pensa, ainda que seja só para descartar as suas ideias no milésimo seguinte porque a mensagem não nos serve é algo imprescindível para as sociedades democráticas, fato com o qual a esquerda não concorda. Para eles, somente visões alinhadas com o ponto de vista deles é que são válidas e podem, portanto, ser ditas.
Não sejamos tolos: Pregar o “controle social da mídia”, ameaçar o confisco de bens legitimamente adquiridos com frases de efeito tais como “se o PT voltar ao poder, vamos fazer essas pessoas devolverem essas armas! Vamos desarmar esse país” e apoiar ditaduras, inclusive com dinheiro público, quem fez, faz e fará é Lula.
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