Precisamos deixar algo claro para que possamos prosseguir com a coluna de hoje: Por “valor”, me refiro ao sentimento etéreo e eterno que a arte nos proporciona, e não ao valor comercial, tal como o preço de uma pintura num leilão, por exemplo.
Quando uma música tem valor pra você? Pra mim, é quando me ensina algo ou me traz memórias passadas. Não consigo ouvir “Crocodile Rock”, de Elton John, sem lembrar de como minha mãe ficou feliz ao ouvi-la ao vivo no Hipódromo de São Paulo.
Se leio um bom livro, me transporto para a história e vivo as mesmas emoções ali contidas. Foi assim que vivi a angústia de Winston Churchill ao enviar milhares de soldados para a morte no Dia D em sua hora mais escura ou que vibrei com a destruição do Um Anel em O Senhor dos Anéis, de JRR Tolkien.
Assim também acontece quando leio excelentes textos ou gibis, vejo filmes e séries, quadros, fotos ou ouço bons podcasts, discursos e afins.
Penso que a missão da arte é entreter, emocionar, divertir e ensinar. A arte atinge o seu objetivo quando saímos dela melhores do que quando entramos.
O mundo certamente existiria sem os artistas, mas com certeza seria um lugar terrível de se estar.