A história do Mundo está repleta de “quases”.
Muitos desastres que quase aconteceram, muitas invenções que quase deram certo e muitas pessoas que quase chegaram lá.
Não costumamos dar valor aos vice-campeões, tratando-os como perdedores. Rubens Barrichello, por exemplo, foi vice-campeão de F1 duas vezes, mas é motivo de piada.
Ressaltando que, quem o critica, nunca sequer foi campeão de corrida de carrinho de supermercado, que seja.
Duvido que, sem pesquisar, você saiba quem foi o 17º vice-presidente do Brasil. Pois é. Os vices nunca são lembrados, a menos que precisem assumir.
Apenas para te poupar da pesquisa que já fiz, o vice citado acima foi o Almirante de Esquadra Augusto Hamann Rademaker Grünewald. Ele, dentre muitas outras coisas, serviu como vice-presidente durante o período em que o General Emílio Garrastazu Médici comandou o Brasil.
Mas, apesar de os vices não serem muito lembrados, também fazem parte da história. Vide o próprio Almirante Rademaker, cuja história é riquíssima.
Não se trata de desvalorizarmos os que chegaram ao topo.
O que quero dizer é que precisamos, com urgência, parar de desprezar quem “não chegou lá”. Em qualquer área de atuação humana.
Isso porque, “chegar lá”, é para poucos. Enquanto os “quases”, cujas experiências também têm valor, são para todos.