Eu não sou pai. Provavelmente nunca serei. E é exatamente por isso que eu acho que você, Pai ou Mãe que lê esses escritos, deve prestar atenção ao meu ponto de vista. Eu enxergo as coisas pelo lado de fora do problema, algo que você jamais poderá fazer novamente.
Percebo em diversos amigos, certa ansiedade no exercício do munus que é a educação dos filhos. A maioria ou é frouxa ou muito rígida, e não é por querer. A verdade é que eles não entenderam o que é pra fazer, apesar de os filhos já serem crescidos.
Mas aqui vai a dica de ouro do cara que não é pai e provavelmente nunca será: Quando seu filho é pequeno, sua atuação deve ser como a de um muro, impondo limites e dizendo até onde ele pode ir. Mas quando os filhos crescem, a função dos pais deve se modificar. Aí eles devem servir como faróis que, através de conselhos e orientações, iluminam o caminho adiante.
Sejamos sinceros. Nenhum filho, já crescido e independente, vai fazer ou deixar de fazer algo porque os pais mandaram. Farão ou deixarão de fazer porque foram bem orientados e convencidos.
A ideia aqui é ser como o Rei de "O Pequeno Príncipe", que explica: "Autoridade se baseia na razão (...) É preciso exigir de cada um o que pode dar”.
Para o ficcional Monarca, as ordens devem sempre ser razoáveis, pois assim não serão descumpridas. Pelo contrário, serão bem executadas por aqueles que as cumprem, justamente porque poderia ter partido deles próprios, vez que são razoáveis.