Sempre que falamos em espiões, logo pensamos em James Bond, Ethan Hunt ou Jack Ryan, dentre outros. São excelentes personagens e suas histórias têm o poder de no entreter, mas a verdade é que, na prática, não existe nada mais distante da realidade.
Em verdade, espiões são geralmente pessoas comuns, com empregos comuns e sempre de baixa visibilidade social.
Dificilmente o Prefeito, o Apresentador de TV ou o Astro Pop serão espiões, pois muita gente presta atenção nesse tipo de gente.
Guardas, Enfermeiros, Jornalistas e até Bibliotecários, por outro lado, são perfeitos para a função, porque passam despercebidos pela maioria e sabem bastante.
Na Segunda Guerra, os Bibliotecários e Jornaleiros, por exemplo, foram fundamentais para a vitória dos Aliados.
A principal parte do trabalho deles, inclusive, era bem monótona: Coletar informações públicas, tais como os sentimentos populares em relação ao Chefe da Nação, as intrigas políticas e até o horário de chegada e saída de ônibus, aviões e navios. Livros e jornais eram fontes ótimas de pesquisa.
Essa parte de catalogar as chegadas e partidas dos navios, inclusive, fez com que os Nazistas mantivessem espiões no Brasil. Eles usavam radiotransmissores clandestinos para saber das movimentações de embarcações dos Aliados.
Os Bibliotecários microfilmavam, catalogavam e enviavam todas as informações para seus superiores, que considerassem estratégicas. Certa feita, eles se valeram de uma livraria voltada para os aficionados por ferrovias, e que trazia e encomendava todos os lançamentos envolvendo técnicas de construção, mapas, catálogos de locomotivas, produção e etc, para entender como funcionava a malha ferroviária Aliada.
Os jornais eram especialmente importantes porque traziam o resultado de operações ou mencionava a presença de algum Oficial das Forças Armadas nalgum evento e, com isso, era possível descobrir onde a unidade dele estava baseada.
É claro que esse tipo de espionagem quase já não existe mais, pois tudo isso pode ser encontrado na internet, mas não quer dizer que o inimigo não esteja olhando.
Nos nossos dias, a espionagem tornou-se muito cibernética, mas isso não significa que os espiões deixaram de existir. Pelo contrário, eles se multiplicaram.