Semana passada falamos sobre o Processo que a Princesa Isabel perdeu para o Governo Federal, e que durou quase 125 anos. Vamos aproveitar o clima e continuar no tema “Fim do Império”, mas dessa vez falando sobre o Pavilhão Nacional.
Provavelmente, na escola você aprendeu que “a Bandeira do Brasil é composta por uma base verde em forma de retângulo, sobreposta por um losango amarelo e um círculo azul, no meio do qual está atravessada uma faixa branca com o lema nacional, em letras maiúsculas verdes”. Provavelmente também lhe disseram que “o verde representa as nossas florestas, enquanto o amarelo as riquezas minerais”.
Pois é. Também me ensinaram assim. Mas e se eu te disser que a parte do significado das cores é pura invencionice anti imperialista?
Vamos lá. O Brasil adotou essa versão da Bandeira Nacional no dia 19 de novembro de 1889. Esse novo design foi criado por Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Villares.
Eles decidiram manter o retângulo verde e o losango amarelo, que já existiam na Bandeira do Império. O verde representava a Casa de Bragança, de Dom Pedro I, e o amarelo, a Casa de Habsburgo, família da Imperatriz Maria Leopoldina.
Um fato que fortalece muito essa versão, é o de que o Decreto número 4, o qual criou a Bandeira Republicana, traz a seguinte explicação: “As cores da nossa antiga Bandeira recordam as lutas e as vitórias gloriosas do Exército e da Armada na defesa da Pátria e que essas cores, independentemente da forma de Governo, simbolizam a perpetuidade e integridade da Pátria entre as outras Nações”.
Isso me parece suficientemente convincente para que você esqueça o que te ensinaram na escola, não? Mas ainda tem mais: O já citado Decreto, que foi assinado em 18 de setembro de 1822, nada diz sobre os possíveis significados das formas e cores adotadas, fazendo cair por terra a lenda sobre o verde representar as florestas e o amarelo, as riquezas minerais.