• 1669 Jornal A Bigorna 04/08/2024 13:10:00

     

    (Literatura de Cordel)

     

                             l

     

    Hoje o que assistimos

    Nos estádios, nas arenas

    E redes televisivas

    Como diversão apenas

    São os jogos seculares

    Competições milenares

    Com origem em Atenas.

     

    Hércules, da deusa Hera

    (esposa do seu pai, Zeus)

    Satisfaz todos os desejos

    Mas, sem esquecer os seus

    Às Olimpíadas da margem

    E com elas uma homenagem

    Presta ao seu pai, um deus.

     

    Assim na Grécia Antiga

    A competição sadia

    Vem com os Jogos Olímpicos

    (segundo a mitologia)

    Após o sono profundo

    Tais jogos voltam ao mundo

    Com a mesma filosofia.

     

    E o acontecimento

    Com expressão popular

    De nome Jogos Olímpicos

    Traz de modo exemplar

    A disputas respeitosas

    Ao mesmo tempo ardorosas

    Pro ser humano elevar.

     

     

                             II

     

    Essa jornada atlética

    Emblemática se oferece

    Para a primeira prova

    E a História esclarece:

    Quem a ganha é o Corobeu

    Que em busca do apogeu

    Corre nu e acontece.

     

    Assim nasce em Olímpia

    Com sinais ritualísticos

    Essa grandiosidade

    Chamada Jogos Olímpicos

    Que visando a amizade

    Exalta a liberdade

    E os seus aspectos líricos.

     

    A intenção desse evento

    Cultural e tão antigo

    É mostrar o adversário

    Não como um inimigo

    E dando ênfase aos brios

    Classifica os desafios

    Como luta e não castigo.

     

    Vários tipos de embates

    Nos jogos são praticados

    Inclusive a maratona

    Sempre com bons resultados

    Ao trazer competidores

    De excelentes valores

    E atletas consagrados.

     

     

                             III

     

    Nas disputas o pancrácio

    Provoca atenção geral

    Hoje sendo vale-tudo

    Ainda é colossal

    Porém os Jogos Olímpicos

    Mostrando ter fins pacíficos

    Têm a paz como ideal.

     

    Vestidos de armaduras

    Os atletas também correm

    Por cento e noventa metros

    Porém ir mais longe podem

    E nas corridas com bigas

    Ou mesmo com as quadrigas

    Às premiações concorrem.

     

    Entre as competições

    Que no íntimo são destaques

    Acham-se aquelas lutas

    Marcadas por contra-ataques:

    Palé (a greco-romana)

    E o pýgme (box) gana

    Quando parte pros ataques.

     

    Nos jogos há o pentatlo

    (união de cinco esportes)

    O lançamento de discos

    E dados (esses são fortes...)

    Corridas, saltos e lutas

    Incrementam as disputas

    Valorizando os desportes.

     

     

                          IIII

     

    Sendo esquecido no tempo

    Esse atletismo tem fim

    Porém Pierre de Fredy

    O Barão de Cobertin

    Querendo os jogos de novo

    Diz com garantia ao povo:

    Os jogos vão voltar, sim!

     

    O Pierre acredita

    Nesses jogos praticados

    Dando confiança aos jovens

    Que deles sendo aliados

    Ao traduzirem respeito

    São fiéis ao direito

    Mostrando-se civilizados.

     

    Na reunião francesa

    Que fala do atletismo

    O Pierre (paraninfo)

    Defende o modernismo

    E assim de peito aberto

    Apresenta o seu projeto

    Com bastante otimismo.

     

    Dois anos após o encontro

    Continua o processo...

    Em um oito nove quatro

    (ano que houve o congresso)

    Esses jogos ao povo

    Com tocha olímpica de novo

    Retornam e fazem sucesso.

     

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    Maurício de Barros

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    Cordel são folhetos contendo poemas populares,

    expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o

    que deu origem ao nome. Os poemas de cordel são escritos

    em forma de rima e alguns são ilustrados com xilogravuras.

     

    A Literatura de Cordel recebeu o título de Patrimônio Cultural

    Imaterial Brasileiro no ano de 2018 e teve sua origem nas regiões

    Nordeste e Norte e hoje já é difundida em todo território nacional,

    atestando sua relevância cultural para nós brasileiros.

     

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    Membro Benemérito na Academia Brasileira de Literatura de Cordel,

    o poeta Maurício de Barros nasceu na cidade de Ribeirão, Pernambuco

    e elegeu a cidade paulista Avaré há mais de trinta anos para viver com

    a sua esposa Leico Kikuti de Barros. Possui forte atuação e se destaca na

    cidade com suas publicações, exposições, prêmios e pela simpatia ímpar.

    É membro fundador do Centro Literário Anita Ferreira de Maria, possui

    6 livros publicados e mais de 270 livretos de cordel autorais com temas

    variados.

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