• O que aconteceria se a Terra girasse mais rápido? Estas são as consequências

    841 Jornal A Bigorna 23/07/2023 16:00:00

    Todos nós aprendemos desde cedo na escola que a Terra gira. Basicamente, nosso planeta realiza dois movimentos. Em volta de si mesmo e ao redor do sol, também conhecidos como rotação e translação. A duração desses movimentos influencia diretamente em nossas vidas. Isso porque esses movimentos estão ligados diretamente à duração dos nossos dias e anos.

    Justamente por isso que se o planeta girasse mais rápido ou mais devagar isso poderia ter consequências no clima, ecossistemas e até mesmo na rotina das pessoas, além, é claro, de outras várias mudanças.

    Atualmente, a Terra tem a velocidade por volta de 1.670 quilômetros por hora no equador. Mas o que aconteceria se o planeta começasse a girar mais rápido? Como dito, as consequências disso seriam vistas nos mais variados âmbitos.

    Possíveis consequências

    Clima

    A primeira coisa que sofreria mudanças seria o clima. Se o planeta girasse mais rápido, os dias e as noites iriam refletir o calor ou frio. E as mudanças de temperatura entre o dia e a noite seriam mais abruptas. Além disso, os padrões dos ventos seriam diferentes, as nuvens teriam um formato exótico e as chuvas seriam imprevisíveis. Ou seja, os humanos estariam no meio de um clima totalmente imprevisível com períodos de seca maiores e eventos climáticos extremos sendo mais comuns.

    Ecossistemas

    Os ecossistemas terrestres também mudariam porque praticamente tudo nele depende do conhecido ciclo de 24 horas. Por isso que se a Terra girasse mais rápido, tudo isso sofreria consequências.

    No caso das plantas, elas podem ter problemas com fotossíntese por conta dos dias mais curtos. Já os animais noturnos teriam menos tempo para caçar, o que resultaria em um caos na cadeia alimentar.

    Vulcões e terremotos

    Com o planeta girando mais rápido, tanto a atividade sísmica quanto a vulcânica iriam sofrer consequências, porque isso aumentaria as forças das marés e o movimento das placas tectônicas. Consequentemente, quem vive perto dessas áreas estaria literalmente à beira, já que o solo embaixo deles se tornaria mais inquieto.

    Tempo

    O tempo de um dia também mudaria com a rotação mais rápida do planeta. Toda a estrutura de 24 horas seria desequilibrada, o que poderia causar vários distúrbios do sono, padrões alimentares estranhos e uma saúde e bem-estar totalmente abalados.

    Peso

    Pode não parecer, mas a rotação da Terra também influencia no peso das pessoas. E se o planeta estivesse girando mais rápido, isso seria visto em quanto as pessoas pesam. Por exemplo, uma pessoa que mora nos polos e pesa 70 quilos, se ela estivesse no equador, poderia ser dois quilos mais leve por conta da força centrífuga.

    Arquitetura

    E claro que as construções criadas pelo homem também sofreriam com a rotação mais rápida. Isso porque tudo que é construído leva em consideração a rotação da Terra. Então, se esse ritmo mudasse, as construções poderiam sofrer danos e todos projetos teriam que ser revistos e novos códigos de construção deveriam ser feitos.

    Rotação da Terra

    Pode parecer uma situação bastante hipotética, mas a realidade não é bem essa. Isso porque, em 2020 as coisas foram um pouco diferentes. O mundo mudou e parece que não só para nós por conta da pandemia. O tempo também não escapou das loucuras desse ano.

    A Terra teve os 28 dias mais rápidos que já foram registrados desde 1960. Nosso planeta completou suas voltas em torno do seu eixo milissegundos mais rápido do que a média. Essa diferença não é particularmente alarmante. Até porque, a rotação da Terra varia ligeiramente o tempo todo, já que é impulsionada por variações na pressão atmosférica, ventos, correntes oceânicas e o movimento do seu núcleo.

    No entanto, isso é inconveniente para os cronometristas internacionais que usam relógios atômicos ultraprecisos para medir o Tempo Universal Coordenado (UTC). Esse é o tempo pelo qual todos acertam os seus relógios. E quando o tempo astronômico, que é o tanto de tempo que a Terra leva para fazer uma rotação completa, se desvia do UTC por mais de 0,4 segundos, o UTC também tem que ser ajustado.

    Até o momento, os ajustes foram adicionar um “segundo bissexto” no final de junho ou dezembro. Isso fez com que o tempo astronômico e o tempo atômico voltassem a ficar alinhados.

    Os segundos bissextos foram adicionados porque a tendência geral de rotação do nosso planeta vem diminuindo com o tempo, desde o começo da medição precisa, feita por satélite no fim dos anos 1960 e começo dos 1970.

    Astronomicamente falando, 2020 foi mais rápido do que o normal. Segundo a Data e Hora, a Terra quebrou o seu recorde anterior de menor dia astronômico, feito em 2005, 28 vezes. Em 2005, o dia mais curto foi cinco de julho. Nele, a Terra completou uma rotação 1,0516 milissegundos mais rápido do que os habituais 86.400 segundos. Já em 2020, o dia mais curto foi 19 de julho. Nosso planeta fez sua rotação em 1,4602 milissegundos.(Fonte: Mistérios do mundo)

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