As taxas de testes positivos de covid-19 no Brasil já se aproximam nas últimas semanas dos níveis registrados no auge do surto da variante Ômicron, no começo do ano, conforme dados de farmácias e laboratórios. Especialistas apontam que a transmissão do coronavírus segue alta e alertam para a subnotificação, diante do uso de autotestes e casos assintomáticos que não são testados.
Tanto a alta de casos puxada principalmente pelas sublinhagens BA.4 e BA.5, quanto a positividade de testes devem cair nas próximas semanas, porém, com a alta circulação do vírus, possíveis mutações podem virar o jogo. O número de mortes, que não recrudesceu na mesma medida que as infecções, segue crescendo e deve demorar um pouco mais para declinar, frente à baixa cobertura de reforço.
Positividade
Segundo a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o mês passado teve taxa de positividade de 32,26%, quando foi de 39,87% em janeiro, e 30,51% em fevereiro. Já os dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) indicam que junho teve a mesma porcentagem do segundo mês do ano, 41,08%. Em janeiro, a relação entre testes efetuados e positivos foi de 44,9%.
Abrafarma informou que, entre 27 de junho a 3 de julho, aos 35,18%, a taxa de positividade foi a maior em 21 semanas. “Voltamos ao patamar de fevereiro depois da sensação de que a pandemia estava sob controle a partir de março”, alertou Sergio Mena Barreto, CEO da associação, em nota.
Em relação aos números absolutos, junho (349.345) só fica atrás de janeiro (984.650). O total indica um crescimento de 156,65% nos testes positivos em comparação com maio. Quando comparado com abril, o crescimento é ainda mais expressivo, de 992,3%.
A Abramed, por outro lado, indica que as próximas semanas serão de queda na positividade. Na última semana de junho, entre o dia 25 e o 1° de julho, a taxa foi de 42% ante 44,6% da anterior - o número de exames aplicados foi 9% menor.
A positividade de março (8,1%), abril (10,6%) e maio (27,8%), porém, foram bem menores. No total de positivos, novamente, junho (329.549) só fica atrás de janeiro (559.972).
Conforme dados das duas associações, o primeiro semestre de 2022 teve taxa de positividade superior ao mesmo período de 2021. A Abrafarma registrou positividade de 31,95% nos seis primeiros meses deste ano, quando foi de 23,45% no anterior. Já Abramed informa que as porcentagens semestrais foram de 38,1% e 15,6%, respectivamente. O que pode ser explicado, principalmente, pela maior transmissibilidade e capacidade de evasão de resposta imune da Ômicron em relação à Delta.
Avaré
A cidade registrou a morte de uma mulher de 51 anos devido a covid-19.
Avaré registra 22.094 casos confirmados e agora 311 óbitos, além de 397 pessoas em isolamento domiciliar.