Não somos de ferro
Não somos de ferro.
Ferro também deteriora,
Enferruja.
Não somos eternos,
Nossos dias distanciam
E destes, nos despedimos.
Nem todos os dias são maravilhas,
O que nosso interior expõe
Só nós conseguimos captar com mais exatidão.
O sorriso fica para trás
O choro é sufocado,
A espera acontece sempre.
Nem tudo é só alegria!
Do que fomos e do que somos,
Com consciência enxergamos a aparência
Como premiação
Ou consequência.
Aceitarmos a deterioração com o tempo,
Também é virtude.
Não somos de ferro!
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Aírton Vieira
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