A morte de uma policial civil e de dois homens em um tiroteio no sábado (16), em São Paulo, evidencia o lado trágico da liberação de armas, afirmou o coronel José Vicente, da reserva da Polícia Militar de São Paulo.
Na visão do PM: “O tal empresário, na verdade, era uma pessoa que tinha indiciamento por homicídio e agressão, que são manifestações criminais graves. No entanto, não houve o cuidado de quem tomou a decisão judicial para que ele cumprisse o processo em liberdade de pedir o cautelamento e a entrega das armas dele”.
“Se ele [o funcionário do empresário] era CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) ou não, essa é uma das tantas tragédias que existem e vão continuar existindo porque a liberalidade do acesso às armas para pessoas despreparadas, que não basta atirar no alvo, no barranco ou no estande de tiro para qualificar o indivíduo ao uso da arma. Estamos ampliando o potencial de tragédia desse tipo”.
E finalizou: “Não vejo a menor utilidade, em um país violento como o Brasil, que tem menos armas e mata mais que os Estados Unidos, ter categorias tão prestigiadas como caçadores, atiradores e colecionadores. Não têm a menor relevância social para a sociedade e para o país, ter tamanho prestígio e possibilidade de acesso a uma quantidade enorme de armas e munições”.(Da Folha de SP)