O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu nesta segunda-feira as boas-vindas no Palácio do Planalto ao chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro líder europeu a visitar o país desde a posse. Os dois se encontraram no Salão Nobre do Planalto e seguiram para uma reunião bilateral. Na pauta, estão temas como transição energética, meio ambiente e o acordo entre Mercosul e União Europeia.
Paralelamente, também no Planalto, empresários de ambos os países mantêm outra reunião. No fim da tarde, Lula e Scholz falam à imprensa.
Mais cedo, o governo alemão anunciou um pacote de 200 milhões de euros em investimentos na proteção da Amazônia e no incentivo a energias renováveis no Brasil. Entre as medidas anunciadas está a liberação de 35 milhões de euros para o Fundo Amazônia.
O retorno dos investimentos estrangeiros no fundo era uma das mudanças mais aguardadas pelo novo governo. O apoio foi interrompido logo no início do governo de Jair Bolsonaro em meio às dúvidas de governos europeus em relação ao interesse do mandato do ex-presidente na redução do desmatamento.
O Itamaraty já anunciara que os recursos destinados ao Fundo Amazônia se dividiram em duas partes: 10 milhões de euros para projetos de bioeconomia e outros 21 milhões de euros para ações de combate ao desmatamento.
Além desse investimento, o anúncio, feito pela ministra da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, também indica o apoio a um fundo garantidor de eficiência energética para pequenas e médias empresas, um projeto para reflorestamento de áreas degradadas, empréstimo a juros reduzidos para agricultores que reflorestarem suas terras e apoio a estados da Amazônia na implementação de ações para proteção florestal.
O embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thomas, publicou as medidas em suas redes sociais. Mais cedo, a ministra Schulze se encontrou com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.(Do Globo)