• Lula diz que parece ter havido conivência em fuga de presídio de Mossoró

    273 Jornal A Bigorna 18/02/2024 18:10:00

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste domingo (18) que pode ter havido um "relaxamento" e a "conivência" de agentes que trabalham no sistema penitenciário federal em Mossoró (RN), onde dois presos faccionados fugiram.

    "Estamos à procura dos presos e esperamos encontrá-los. Queremos saber obviamente como esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu. Só faltou contratarem uma escavadeira. Parece que teve conivência com alguém do sistema lá dentro, mas não posso acusar ninguém", afirmou o presidente.

    Lula deu as declarações em Adis Abeba, durante viagem oficial de cinco dias ao continente africano. O mandatário também passou pelo Cairo.

    O presidente demonstrou contrariedade ao ser questionado sobre o assunto, pois disse que a prioridade na entrevista coletiva seria para tratar dos temas relacionados a sua viagem à África. No entanto, respondeu.

    Citou que a primeira sindicância para apurar as circunstâncias da fuga já havia sido instaurada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O titular da pasta vai viajar a Mossoró para acompanhar as buscas por dois detentos que fugiram da penitenciária federal na cidade.

    Na sequência, o mandatário afirmou que pode ter havido relaxamento e que é preciso saber de quem foi a omissão, que permitiu a fuga.

    "Sou obrigado a acreditar que uma investigação, que está sendo feita pela polícia local e a Polícia Federal nos indique amanhã ou depois de amanhã o que aconteceu no presídio de Mossoró. É a primeira vez que foge alguém desses presídios. Isso significa que pode ter havido relaxamento e precisamos saber de quem", afirmou.

    Nesta quarta-feira (14), dois presos fugiram de uma penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, a 277 quilômetros de Natal.

    Trata-se da primeira fuga desde a inauguração, em 2006, do sistema criado para isolar lideranças de facções criminosas e presos perigosos do país.

    Recém-empossado ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski já havia determinado o afastamento imediato da atual direção da unidade e escalou um interventor.(Da Folha de SP)

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