
O que acham os eleitores arrependidos
Em pesquisa realizada pelo jornal O Estado de SP, ouviu os eleitores arrependidos de terem votado em Bolsonaro e os de Lula.
Os eleitores de Bolsonaro citam como motivo de arrependimento a prioridade que o ex-presidente dava aos próprios interesses, deixando o País em segundo plano. “Ele desviou a função da Polícia Federal para encobrir os filhos”.As acusações de tentativa de golpe de Estado também pesam na avaliação. “Ele fala tanto do povo, mas queria colocar o militarismo. E o militarismo não é bom”, entre as principais avaliações.
Já os arrependidos de Lula citam o preço dos alimentos nas alturas é, de longe, a maior angústia dos eleitores arrependidos de Lula. Eles também afirmam que o trabalho que existe paga mal e não acompanha o aumento do custo de vida.
A pesquisa mostra que há uma quebra de confiança quase definitiva em relação a Lula por parte de muitos de seus eleitores. Eles deram mais uma chance a ele, após todos os problemas que ocorreram, com a expectativa de uma melhoria no custo de vida, mas isso não aconteceu. Para uma parte do seu eleitorado, isso parece colocá-lo em ‘aposentadoria’”.
Leitor avareense escreve no Estadão
O leitor avareense José A. Muller fez uma bela alusão no espaço de leitores do jornal o Estado de SP:
Janja, a turista
A primeira-dama Janja da Silva viajou para o Japão com sua trupe para um encontro com mulheres brasileiras que lá vivem. Aproveitou a viagem e voou para Paris, para participar de um encontro sobre a fome (Estadão, 28/3, A10). Enquanto ela passeia pelo mundo à custa do suado dinheiro dos nossos impostos, o governo petista continua a gastar mais do que deve, gerando inflação e estimulando a alta dos preços dos alimentos. Lula e Janja estão à caça do pilantra que vem infernizando a vida dos brasileiros. Afinal, “o inferno são os outros”.
Zambelli , a idiota
Zambelli diz se arrepender de dia da perseguição armada e se vê abandonada por Bolsonaro.Com maioria no STF para condená-la e cassá-la, deputada diz que esperava apoio de ex-presidente
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) diz se arrepender do episódio em que perseguiu um homem com arma em punho na véspera da eleição de 2022 em São Paulo. "Devia ter entrado no carro e ido embora." "Não só eu como outras pessoas também perderam a amizade do presidente no momento que precisaram", afirma.
Ele vai morrer e ninguém vai ao seu enterro!
Derrite o abominável
Na incômoda situação de lidar com uma sensação popular de desamparo a despeito de números favoráveis, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que o Brasil deveria aprender a combater a criminalidade com —pasme— El Salvador.
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Em outras palavras, Derrite julga apropriado buscar inspiração em Nayib Bukele, um Hugo Chávez da direita, um populista autoritário que avilta a democracia e governa sob regime de exceção, com sacrifício dos direitos humanos e das liberdades civis.
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Alardeia-se que, debaixo do porrete de Bukele, os índices de homicídio em El Salvador despencaram de 38 casos por 100 mil habitantes em 2019 para 1,9 em 2024. Redução que, nem sempre se diz, ocorreu à custa de desaparecimentos, encarceramento em massa e julgamentos sumários de mais de 75 mil pessoas, entre as quais mais de 1.200 crianças.
No país exemplar de Derrite, 1,7% dos 6 milhões de habitantes estão atrás das grades; no Brasil, a taxa é de 0,3%, e elevá-la a níveis de El Salvador significaria prender cerca de 4 milhões de brasileiros. É essa cifra abominável que o secretário quer ver por aqui?
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Cotado para voos políticos em 2026, o capitão da reserva da Polícia Militar acena, com seu discurso medieval, ao núcleo do bolsonarismo, em tese favorável ao endurecimento das leis —desde que não se apliquem a eles próprios.
Bolsonaro réu trouxe de volta o estilo do cercadinho
Tornado réu pelos ministros do STF, o ex-presidente Jair Bolsonaro falou por cerca de uma hora, trazendo de volta o estilo do cercadinho que cultivou durante seu governo. Metralhou as urnas eletrônicas, a Venezuela e a China. Só faltou que condenasse a vacina contra a Covid.(Elio Gaspari).
Bolsonaro atesta o vigor da democracia
Tornado réu sob acusação de tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL) exerce e exercerá seu direito à defesa, não apenas no Supremo Tribunal (STF) mas também perante seus seguidores e a opinião pública em geral.
Como consta da denúncia elaborada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-mandatário intensificou a partir de meados de 2021 sua campanha para desacreditar as urnas eletrônicas, culminando na famigerada reunião com embaixadores que o tornaria inelegível posteriormente.
Bolsonaro atesta o vigor da democracia – 2
Consolidada na sociedade brasileira a ampla preferência pela democracia e pelo Estado de Direito, e as instituições republicanas —entre elas, Judiciário, Congresso Nacional, Forças Armadas— amadureceram e se fortaleceram nas quatro décadas seguintes ao fim da última ditadura militar.
A declaração de Bolsonaro não deixa de ser um reconhecimento explícito, embora tardio, desse vigor democrático.