
40 anos longe de milicos — bandidos
Há 40 anos podemos, hoje, gritar, estamos livres de milicos que atrasaram o Brasil, acabaram com nossos direitos e mataram nosso povo. Generais sem escrúpulos, verdadeiros bandidos de farda, coma falsa premissa de que estavam no poder pela vontade do povo, e não pela repressão.
Um pouco da história mais ‘negra do Brasil’
Em 31 de março de 1964, com a deposição do presidente João Goulart, ocorreu no Brasil um golpe de militares que culminaria em um dos períodos mais sombrios de nossa história: a ditadura. Na época, o argumento dos militares no poder era que as medidas tomadas eram necessárias para a contenção de uma possível "ameaça comunista" — ideia, inclusive, que possui relação com os interesses dos Estados Unidos na América do Sul, tendo ocorrido ditaduras militares em outros países na mesma época.
Resistência
Embora a ditadura tenha durado 21 anos, toda a repressão e violência teve como consequência uma forte oposição da sociedade civil, que se manifestou não somente na política, como até mesmo na música, no cinema, nas artes como um todo e no esporte.
O Retrocesso Econômico e Social
Enquanto propagandeavam um suposto "milagre econômico", os governos militares aprofundaram as desigualdades sociais e concentraram a renda nas mãos de uma elite privilegiada. A política econômica do regime foi marcada por endividamento externo, inflação descontrolada e uma crescente dependência de capitais estrangeiros. Grandes obras faraônicas, como a Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói, foram usadas como símbolos de progresso, mas muitas delas se revelaram elefantes brancos, com custos exorbitantes e benefícios questionáveis.
A educação e a saúde pública foram negligenciadas, enquanto os recursos eram desviados para projetos de interesse dos militares e de seus aliados. A repressão às organizações sindicais e movimentos sociais impediu que as demandas por melhores condições de trabalho e vida fossem atendidas. O resultado foi um país mais desigual, com milhões de brasileiros vivendo na pobreza e sem acesso a direitos básicos.
A Farsa do "Golpe Salvador"
A narrativa de que o golpe de 1964 foi um ato de "salvação nacional" é uma mentira deslavada, repetida à exaustão por aqueles que se beneficiam da distorção da história. O golpe foi um ato covarde, articulado por militares traidores, setores conservadores da sociedade e com o apoio explícito dos Estados Unidos, que viam no governo de João Goulart uma ameaça aos seus interesses geopolíticos. Não havia "caos" ou "ameaça comunista" que justificasse a derrubada de um presidente eleito. Havia, sim, um projeto de poder que visava manter privilégios de uma elite retrógrada e garantir a submissão do Brasil aos interesses estrangeiros.
A ditadura não salvou o país; ela o sequestrou. E o fez com uma brutalidade que envergonha qualquer ser humano que preze pela dignidade e pela justiça.
A Ditadura Militar no Brasil — uma Ferida que Não Cicatriza
Esse período nunca irá se cicatrizar, entrou para a História de nosso ainda combalido Brasil. Monstros do exército não foram presos. Os generais matadores morreram antes, se existir inferno, o que não acredito queimam até hoje, mas devem estar em planos muito piores de sofrimento.
A importância de nunca esquecer
Criticar a Ditadura Militar não é apenas um exercício de reflexão sobre o passado; é uma necessidade para garantir que os erros cometidos nunca se repitam. O regime militar foi um atentado à democracia, aos direitos humanos e à dignidade do povo brasileiro. Sua herança de violência, autoritarismo e desigualdade ainda ecoa na sociedade atual.
Novas gerações
É fundamental que as novas gerações conheçam a verdade sobre esse período e compreendam os horrores que foram cometidos em nome de uma suposta "ordem". A luta por justiça, memória e reparação deve continuar, para que as vítimas da ditadura não sejam esquecidas e para que o Brasil possa, finalmente, enfrentar seu passado e construir um futuro verdadeiramente democrático.
Que nunca mais se repita
A Ditadura Militar não foi um "mal necessário". Foi um mal, ponto final. E é nosso dever, como sociedade, garantir que ela nunca mais se repita.