• Liturgia do André # 14 — Niilismo, atendado e bye Jairzinho; afinal pra onde caminhamos?

    676 Jornal A Bigorna 30/12/2022 16:20:00

    Liturgia: Marco Aurélio: “Mundus ipse est ingens omnium templum – o próprio mundo é um enorme templo de todos os deuses”

    Nada

    Niilismo na filosofia, basicamente, é a O Niilismo é uma concepção filosófica baseada na ideia de não haver nada ou nenhuma certeza que possa servir como base o conhecimento. Ou seja, nada existe de fato. Quem mais sintetiza e concretiza de modo total é Nietzsche, no qual discorre que o niilismo é a “ausência de sentido”. Estamos assim, vivendo uma ausência de sentido ao assistirmos pessoas incontroladas fazendo atos ridículos defronte a quartéis?

    Nada II

    Deste ou desse ou daquele modo a ausência de sentido que vejo perpassar a sociedade brasileira chegou ao seu ápice com o ‘empresário do caminhão bomba, que queria explodir suas artérias e tentar um golpe, ou um estado de sítio. Os inteligentinhos que falam um tanto de asneiras sobre esquerdistas talvez estendam a situação, já que o inumano homem saiu do Pará, alugou uma casa em Brasília para se juntar ao grupelho de nazifascistóides e ‘ajudar’ para que as Forças Armadas entrassem em ação e promovessem um golpe. Não se trata de direito de manifestação. O ato em si fere os direitos de vida de qualquer cidadão. Se alguns ignóbeis estão atrelados aos grupelhos bolsofascistas, é dever do estado dissuadir os atos. Mas isso irá acontecer nas próximas horas, porque Jair, o Mito, já partiu para os EUA. Bye, bye otários.com direito a uma live tão ridícula quanto seu próprio repertório político.

    Do Nada

    Desta forma, do nada encontramos alguns, ‘malucos não belezas’ que sonham em tornar o Brasil novamente um país de ditadura, mas a ditadura de um ‘biruta no poder’. Messias, o Jair já não governa há dois meses e o país vai muito bem. Não fosse as hostilidades dos inteligentinhos cabeças de papel já estaríamos em outra fase da democracia.

    O covarde foi viajar e deixou o ‘grupelho’

    Se Jair vai entregar a faixa ao candidato eleito, pouco se faz conta, já que sua desfaçatez e covardia está em seu laço político. Que Bolsonaro faça bom proveito do bom dinheiro de suas aposentadorias e passeie bastante de moto. Bolsonaro é uma figura nefasta na história do Brasil. Viajou hoje dia 30 para os EUA e deixou o grupelho dos ‘soldados cabeça de papel’ na frente dos quartéis, com cara de borococho. Deveria nunca mais retornar. Ele é um mal, não necessário, mas ainda os ‘inteligentinhos’ acreditam em tudo dele.

    Lula precisa mais

    Lula tem loteado os ministérios com quase muitos petistas. Não deveria e não deve. Uma frente ampla teve apoios irrestritos de outros partidos e pessoas; colocar 80% para o PT ele colocará em risco sua governabilidade. Já está refém de Lira e Pacheco, respectivamente no Congresso. Precisa governar e não dar cartas somente para àqueles que compactua ideais petistas, até porque o Brasil é muito maior que o PT, e não foi o PT quem foi eleito, mas uma mescla ampla que não se resume apenas ao partido. Se perder isso, perderá as rédeas do ainda futuro governo.

    Lula precisa mais II

    A jornalista Miriam Leitão acertou em cheio: “O presidente Lula disse que prefere cobranças à tapinha nas costas. Ótimo. Essa é a visão de um governante democrático. Nas linhas seguintes haverá os dois. Elogios e cobranças. Há um admirável retorno a valores civilizatórios em certas nomeações. Contudo, ao contrário do que o presidente disse que faria, este é um governo do PT. O hegemônico PT domina quase tudo. Os que foram para a campanha por considerar que a união de forças era a forma de proteger a democracia foram tratados até agora como “os outros”.

    Moro o justiceiro desencarnado

    Sergio Moro vai assumir seu mandato no Senado em 1° de fevereiro, mas as chances de ter problemas para se manter na cadeira são colossais. O processo que o PL protocolou no TRE-PR pedindo sua cassação por irregularidades na prestação de contas eleitoral é a alavanca para suas dores de cabeça.

    Mourão sendo Mourão

    Em entrevista ao site Metrópoles, Mourão, futuro senador disse que o Brasil perdeu a eleição por existir ‘voto de cabresto’ citando a história antiga brasileira. A grande besteira de suas palavras encontra eco na sua ignorância.

    Sem foro e sem choro

    Ao deixar o Palácio do Planalto em 1º de janeiro, Jair Bolsonaro perderá o foro privilegiado, condição que mantém as investigações criminais relacionadas a ele no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante os seus quatro anos de mandato, o atual mandatário fez recorrentes ameaças e ataques aos integrantes da Corte. A partir do mês que vem, porém, parte dos processos a que Bolsonaro responde será enviada à primeira instância. Isso significa que eles passarão a tramitar sob a responsabilidade de diferentes delegados, procuradores e juízes. Ao menos três investigações em curso no STF devem ser remetidas à Justiça Federal, duas delas em fase final.

    Sem foro e sem choro II

    Um desses inquéritos preocupa mais o entorno do chefe do Executivo. Nele a PF já concluiu que Bolsonaro cometeu o delito de “incitação ao crime”, com pena prevista de detenção de três a seis meses, por incentivar a população a não usar máscaras por meio da divulgação de notícias falsas em uma live.

    Sem foro e sem choro III

    Uma terceira linha de apuração ainda está em fase inicial e envolve suspeitas de corrupção no Ministério da Educação sob a gestão de Milton Ribeiro. O caso foi remetido ao STF depois que Ribeiro citou o presidente em uma interceptação telefônica, dizendo ter sido avisado que poderia ser alvo de buscas. Ainda não há clareza sobre o destino de investigações que apuram a relação de Bolsonaro com milícias digitais, que atacam instituições democráticas e disseminam fake news. Como também apuram a atuação de parlamentares, que continuarão com foro privilegiado, é possível que os casos continuem no STF.

    Dorrit Harazim

    O ser humano é incapaz de desbravar novos oceanos se não tiver a coragem de perder de vista a terra firme, escreveu o Nobel de Literatura André Gide. No mundo da política, não é muito diferente. O líder que quiser desbravar horizontes realmente novos na busca de soluções para os males do presente e esperança para o futuro terá de arriscar, cortar muitas das amarras confortáveis. Se não o fizer, ou se navegar só pela metade, ou se nem sequer tentar mudar de lugar montanhas de erros acumulados por gerações, é naufrágio certo. Por mediocridade.

    Para onde caminhamos?

    A mediocridade dos atos políticos obscenos dos últimos tempos, devem nos levar a uma sublevação de que as metonímias de Bolsonaro atingiram almas e isso é um grande perigo, já que, mesmo estando no campo político, a ideologia deve ser centrada e não usada como massa de mortes e atentados. A democracia precisa ser revisitada e revista, não podemos continuar a caminhar nesse perigoso terreno que é o fascismo sem noção. O caminho a percorrer precisa ser de união entre o povo, e não divisão; se dividir perderemos todos para a mediocridade.

     

     

     

     

     

     

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