Assisto a guerra pela televisão
Na poltrona da minha sala
É tão cômodo pra mim
E realmente, nem parece que está acontecendo
Aqueles bombardeios aterrorizantes
Até com homens/mulheres bombas
Bem mais verdadeiro
Do que no próprio videogame
Porem com objetivos iguais
De competir
De divertir
Mas todas aquelas pessoas que estão perdendo...
Suas famílias
E suas identidades
Estão querendo
Que a guerra pare
Não concordam com aquela situação
Mas existe muitas munições
Que precisam ser vendidas
Parecem em promoção
Verdadeiramente e cômodo para mim
Ver tudo pela televisão
Cidades serem destruídas com vida
E tudo que conquistaram nela
Como se nada tivesse valor
Só os pensamentos imperialistas
Que por infelicidade dominam, toda situação
É o que apresentam pela televisão,
Ou naquele conceituado jornal
Mas quem poderá ter controle desse confusão?
Sem motivo e ou razão
Ao qual vendem imagens
De pessoas decapitadas
Por sofisticadas bombas inteligentes e técnicas
Com táticas e objetivos de destruição em massa
Onde a honra de um punhado de homens
Concentra-se em medalhas
Colocadas no peito
E agora, me mostraram que tem
Um buraco de bala bem do lado daquelas medalhas.
Realmente é muito cômodo
Assistir daqui
Posso até dormir!
Que nada cairá sobre mim
Ao não ser o peso da consciência
Ou ter constantes pesadelos
De sangue escorrendo pelas escadas douradas
Do palácio real
As vezes tenho a impressão das pessoas gritando
Quando dispara o alarme “é bombardeio”
Mas não, é simplesmente meu relógio
Despertando-me para trabalhar
É cômodo ganhar meu dinheiro
E todo valor de um povo ser roubado
Por pensamentos imperialistas
Realmente aqueles aviões, que até mesmo invisíveis
São reais
O radar não identificou
Mas a destruição foi evidente
Causaram destruição mesmo quando muito trabalhavam
Derrubaram empresas, escolas e mercados
As casas também foram destruídas
O povo está jogado
Procurando um espaço de demonstrar
Que não vale a pena guerrear
Quando milhares de pessoas morrem
Por causa de dois pensamentos
Um pensamento de um lado
E outro pensamento de outro lado
Mas com os mesmos pensamentos imperialistas
Realmente ficou cômodo escolher um lado para torcer
Como em um jogo
Mas quem vai ganhar?
É besteira achar
Que algo vai mudar
Simplesmente por um governo mudar
Nessa condição
Sem opção
Muito menos, democracia
Parem para ver a TV
E vai perceber
Que a guerra é uma derrota
E não tem fim
A ambição de um pensamento imperialista
*Por Cleber Antonello – 15/04/03