Garotos debaixo da ponte
Vivem como antes de ontem
Sem sonhos plausíveis
Vivem alucinados
Garotos debaixo da ponte
Alcançam o céu de mentira
A lua e as estrelas não existem
Vivem alucinados
Garotos debaixo da ponte
Procuram familiares
Para partilhar suas paranóias
Vivem alucinados
Garotos debaixo da ponte
Mendigam a liberdade
Escravos da mentira
Vivem alucinados
Garotos debaixo da ponte
Procuram suas mortes
Recusando o pão da vida
Pois estão sem fome
Vivem totalmente alucinados!
*Por Cleber Antonello, poeta, escritor, artista plástico, ativista cultural e político brasileiro, tem 44 anos e por mais de 20 anos morou em Avaré com seu estúdio.