("Mulheres Escombros" em lembrança a rendição da Alemanha em Maio de 1945) de Cleber Antonello
As mulheres escombros "desconstroem" à guerra,
Enquanto retiram os entulhos de seus antigos lares,
Também recolhiam seus maridos em pedaços,
As medalhas e a honra estraçalhadas,
Foram feitas por bombas e balas,
Enquanto os filhos ficaram sem pais, deus e nação,
Tornam-se perambulantes,
Em tempo de desolação,
E todos os civis que torciam em vão,
Os trajetos da vida, sem direção,
É uma derrota esse caminho completo de pura devastação,
Aí está um pensamento imperialista,
Aí está um pesadelo capitalista,
Todos estão ardendo pela chama da guerra,
Restou-lhes: A raiva, o ódio e o medo,
Pois não mais há tempo,
E como reconstruir a vida perdida,
Da imortalização de uma cena de prejuízo,
O sonho do domínio está tão distante,
Quanto o próximo bloco de entulhos pelas ruas,
As doenças são transmissíveis,
Comer um prato quente de comida seria desejável,
Pois todo caos, já foi gerado de uma ambição,
E não tem nem, início e nem o fim,
Enquanto mais explicação pelos meios,
Até que surja e surta o próximo pensamento imperialista.
E as novas gerações de mulheres escombros,
Que carregarão o fruto da futura guerra eminente a chegar...
Essas mulheres são chamadas historicamente de mulheres escombros, pois tiverem que retirar os tijolos das ruínas da Europa pós guerra mundial.
Livro: Realidade dos Sonhos (Trilogia de uma vida inteira), lançamento previsto em 2023.
Editora Poetas do Século 21
Fotografia: "Mulheres escombros" trabalham na Alemanha.
REPRODUÇÃO MDIG/DOMÍNIO PÚBLICO