Em 107 dias, com 3.310.484 registros, o Brasil registrou mais que o dobro de casos prováveis de dengue do que todo o ano passado. Nos 12 meses de 2023, o país registrou 1.649.144 casos prováveis. Este ano, 1.457 mortes foram confirmadas como sendo causadas por dengue e outras 1.929 estão sendo investigadas, segundo dados do painel de monitoramento da dengue atualizado na manhã desta quarta-feira (17) pelo Ministério da Saúde. A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, disse que, no “pior dos cenários”, os casos de dengue do país devem chegar a 4,2 milhões.
Na última quarta (10), o Brasil bateu o recorde de número de mortes causadas por dengue, com 1.256 registros, ultrapassando os 1.179 de 2023. No dia 18 do último mês, os casos superaram o maior número da série histórica, com 1.889.206 diagnósticos confirmados. O último número mais alto registrado anteriormente foi em 2015, com 1.688.688, seguido por 2023, com 1.658.816. Em 2000, primeiro ano com registros, houve 135.228 diagnósticos.
São Paulo é a unidade da federação com mais óbitos registrados em 2024, com 293, seguido pelo Distrito Federal (270), Minas Gerais (237), Paraná (157), Rio de Janeiro (116). Somadas, as cinco UFs acumulam 72% do total de óbitos.
Segundo o painel de dengue do Ministério da Saúde, o Distrito Federal é a unidade da federação com maior taxa de incidência de casos prováveis, com 7.424,9 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás aparecem em seguida, somando 56% do número absoluto de casos.