Os candidatos a presidente da República vão disputar neste ano um eleitorado significativo fora do País. Pela primeira vez, a chamada Zona Eleitoral Exterior ultrapassou a casa dos 600 mil eleitores cadastrados na Justiça Eleitoral, sendo, agora, maior do que a população apta a votar em Estados como Roraima, Acre e Amapá.
Até março, houve um aumento de quase 116 mil eleitores da comunidade brasileira no Exterior desde maio de 2018, quando o Tribunal Superior Eleitoral concluiu o cadastro para as eleições naquele ano. Apesar do crescimento, esses eleitores costumam receber pouca atenção dos candidatos, principalmente por causa da dispersão no mundo. A Zona Eleitoral Exterior representa apenas 0,4% do total de pessoas com título regular no País: 148,3 milhões.
O número parcial de registros representa um acréscimo de 24%, em comparação com o de quatro anos atrás. Em maio de 2018, a comunidade de eleitores no exterior era de 487.472 pessoas. Agora, com dados até março, são 603.391. Um novo balanço deve ser divulgado até meados de julho. O ritmo de crescimento, porém, caiu em relação ao intervalo entre maio de 2014 e maio de 2018. Naquela época, o número absoluto passou de 337.452 para 487.472 ou 44% a mais.(Do Estado)