As fortes ondas de calor que vêm atingindo o país desde o ano passado têm acirrado os velhos problemas que normalmente afetam a população com relação ao abastecimento de água potável, em Avaré de responsabilidade da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Na primeira sessão ordinária da Câmara de Vereadores em 2024, realizada na noite de terça-feira, dia 06, o diretor de Divisão da Sabesp em Avaré, Jorge Narciso de Matos Júnior, fez uso da tribuna para dar explicações à população avareense quanto às reclamações surgidas, principalmente nas redes sociais, sobre a troca de hidrômetros que a concessionária fez ao longo de 2023, bem como as constantes falta d’água em bairros da periferia.
A questão da troca de hidrômetros, que pôs uma parcela de consumidores em dúvida sobre possíveis aumentos nos valores das contas mensais, foi o primeiro assunto abordado pelo diretor Jorge. Ele iniciou sua fala citando o artigo 56, inciso 4, da Deliberação Arsesp 106, que é a agência que regula, controla e fiscaliza os serviços de saneamento básico de titularidade estadual. O artigo diz que “a substituição do medidor decorrente do desgaste normal de seus mecanismos será executada pelo prestador de serviços, sempre que necessário, sem ônus para o usuário, mediante aviso com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis”.
Em Avaré, no período de outubro a dezembro de 2023, foram efetuadas as trocas de 1.622 hidrômetros, o que corresponde a 4,5% das ligações existentes no município, hoje com 36.172 ligações. Em 324 imóveis foi constatado aumento no consumo, dos quais 224 tiveram o valor da conta normalizado no mês seguinte. O restante, 56 imóveis receberam visitas de fim de ano, fator que acarreta em aumento no consumo, 32 tiveram vazamentos internos detectados e 12 foram por causa de piscinas.
Já com relação a constante falta d’água, o diretor Jorge atribuiu o problema ao aumento considerável no consumo devido às altas temperaturas. Segundo o diretor, em janeiro de 2023 a concessionária forneceu (vendeu) 450 mil metros cúbicos de água, enquanto que em janeiro de 2024 o abastecimento chegou a 500 mil, um aumento de 10% que é considerado “exagerado” e que ocasionou transtornos à Sabesp e consequentemente à população que sofreu com a falta d’água.
Finalizando suas explanações, Jorge Narciso sugeriu aos consumidores que tiveram aumento em suas contas para que façam planejamentos, com vistas a evitar desperdícios e seguir dicas de como detectar possíveis vazamentos nas instalações. O diretor também respondeu perguntas dos vereadores e informou que até meados de outubro de 2024, um novo poço profundo de abastecimento deverá entrar em operação para suprir até mesmo um fornecimento que chegue novamente a 500 mil metros cúbicos mensais. (Da Assessoria de Imprensa)