Neste dia 15 de setembro, o Secretário de Administração Penitenciária (SAP) do Governo de São Paulo, Marcello Streifinger, tomou uma decisão que gerou intensos debates e levantou questionamentos sobre a segurança no sistema prisional paulista. A exoneração do diretor Antonio Rodrigues dos Santos Filho, da Penitenciária Dr. Paulo Luciano de Campos, de Avaré, conhecida como P1, foi o estopim de uma controvérsia que envolve a vida dos agentes penitenciários e a pressão exercida pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
A última polêmica envolvendo essa situação surgiu quando uma mulher passou por uma revista após o scanner detectar objetos estranhos em seu corpo ao entrar na unidade. No entanto, após ser encaminhada ao posto de saúde, nada de ilícito foi encontrado. A médica que a examinou, estaria sendo ameaçada de morte pelos integrantes do PCC, e o plano foi descoberto por agentes da P1.
Segundo informações, o crime organizado teria ordenado que, antes de ser assassinada, a médica deveria ser torturada por membros do PCC, e cerca de R$ 250 mil teriam sido disponibilizados para a execução desse plano. Após a polêmica vir à tona, Antonio Rodrigues dos Santos Filho, o diretor da penitenciária, ordenou que medidas fossem tomadas para acalmar a situação, o que gerou novo descontentamento entre membros da facção, que iniciaram pressões pela exoneração.
Antonio Rodrigues dos Santos Filho é reconhecido por sua conduta ilibada e seu compromisso com a garantia da segurança da sociedade, mas sua atuação também o tornou alvo constante de ameaças de morte por parte do PCC. O diretor da penitenciária tem seu trabalho reconhecido não apenas pela Polícia Militar, mas também por diversas autoridades, que o homenagearam e condecoraram por sua importante contribuição e apoio à automação e modernização da segurança das unidades prisionais, beneficiando os próprios agentes penitenciários.
Porém, fontes internas revelam que Antonio Rodrigues dos Santos Filho vinha combatendo com rigor as ações do PCC dentro do presídio. A exoneração, ao que consta, teria sido motivada por pressões de familiares de presos e advogados ligados ao crime organizado. Isso levanta questionamentos, pois com certeza o Governador Tarcísio de Freitas não foi consultado sobre essa exoneração, afinal o Governador Tarcísio tem o compromisso de combater o crime organizado. Diante disso, os agentes penitenciários demonstram preocupação com a possível expansão da facção criminosa dentro do sistema prisional.
Em virtude desse cenário, há apelos para que o governador e o secretário revejam a decisão, levando em consideração os riscos crescentes à segurança e ao combate ao crime organizado. A sociedade e os agentes penitenciários aguardam por esclarecimentos e medidas que garantam a estabilidade e a efetividade do sistema prisional paulista.