Membros de grupos armamentistas engrossaram os atos antidemocráticos realizados nas estradas e em frente a quartéis do Exército no país contra o resultado das eleições.
No domingo (30), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 50,9% dos votos válidos e derrotou o presidente Jair Bolsonaro (PL). O atual mandatário teve 49,1%.
Apoiadores de Bolsonaro, incluindo caminhoneiros, iniciaram ainda na madrugada de segunda-feira (31) bloqueios em estradas pelo país. Eles também se reuniram em frente a quartéis do Exército para protestar contra o resultado da votação e pedir uma intervenção militar.
Os grupos armamentistas fizeram parte da base eleitoral de Bolsonaro. Durante o governo, eles foram beneficiados com uma série de decretos e portarias que flexibilizaram o acesso as armas de fogo no país.
Grupos bolsonaristas continuam a ir defronte a quartéis e resistem em aceitar a derrota nas urnas, justamente, os mesmos que pregam pátria e liberdade, mas não reconhecem ainda o resultado das urnas, que, inclusive já foi respondido pelo vice-presidente Mourão, o qual declarou que ‘perderam a eleição’, e que agora será outro governo.
Greve geral
Bolsonaristas que estão nas manifestações antidemocráticas iniciadas no domingo (30) começaram a convocar para segunda (7) uma possível "greve geral", em que pedem adesão de empresários.
Um convite para o movimento com ares de locaute (greve de empresas, hoje proibida pela legislação) passou a circular em redes sociais e nos grupos de WhatsApp e de Telegram de pessoas envolvidas com as manifestações.
Na noite deste domingo (6), porém, balanço da PRF (Polícia Rodoviária Federal) aponta que os atos antidemocráticos estão chegando praticamente ao final nas estradas, com apenas dois pontos de bloqueio parcial em rodovias do país. O estado de Rondônia voltou a registrar uma interdição em rodovias federais por manifestantes neste domingo. As interdições ocorrem em Vilhena (RO) e Altamira (PA). A PRF já acabou com mais de mil bloqueios desde o último domingo (30).
Nesses grupos, vem sendo amplamente divulgada a mentira de que há comprovação ou fortes indícios de que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha sido obtida mediante fraude eleitoral.(DA EFE e Folha de SP)