• APEOESP repudia abaixo-assinado de vereador sobre escola cívico-militar

    1445 Jornal A Bigorna 24/07/2024 23:20:00

    A APEOESP (Sindicato dos professores do ensino oficial do estado de SP) repudiou a ingerência e o ‘pretexto’ do vereador Moacir Lima em realizar um abaixo-assinado para que Avaré tenha uma escola cívico-militar.

    A diretora Anita Marson declarou ao Jornal A Bigorna que ficou indignada com a ação, pois o vereador não tem o conhecimento de causa, nem o engajamento com gestão escolar, não sabendo assim, que não é através de abaixo-assinados que se escolhe uma escola cívico-militar.

    “O vereador não sabe o que está fazendo. Ele está levando para a comunidade de Avaré algo que não tem conhecimento, ele está tentando com isso ganhar votos, já que quem escolhe qual escola ou, se uma escola será cívico-militar é a ‘comunidade escolar’, ou seja, os pais, alunos, professores, gestores, enfim, as pessoas que estão dentro de determinada escola, e não através de uma abaixo-assinado.”- destacou.

    A intenção das escolas que se dispuseram a serem candidatas foi publicada no dia 18 , e coincidentemente, o vereador, sem conhecimento de causa, está usando uma bandeira sem saber como levantá-la.

    A coordenadora da APEOESP Abigail P. Rodrigues declarou que achou estranha a posição do vereador: “Ele (vereador) está querendo angariar votos, porque as pessoas que vierem a assinar, não sabem que não depende de abaixo-assinado algum.

    Segundo a professora Anita Marson, o Ministério Público já se posicionou contrário à medida, assim com as Instância de Justiça Superior, pois tal modelo vai contra a LDB (Lei de diretrizes e Base da Educação) lei máxima que rege o sistema de ensino.

    “Somos contra a escola cívico-militar também, pois os alunos são transformados em alunos dentro de quarteis, e nossa educação é livre e democrática. Não podemos admitir tal mudança. Muitas das pessoas que são a favor, podem até colocar seus filhos, se alguma escola for transformada e se tornar militar, e verão a diferença que é uma escola democrática , aberta e principalmente livre para que o aluno sabia aprender a ser quem ele deseja, e não ter nada imposto junto a ele. Nós formamos alunos e não militares.”- frisou Anita Marson.

    Três escolas indicaram através de seus diretores que tem a ‘intenção’ de ser cívico-militar. São as escolas Paulo Araujo Novaes, onde o corpo docente é contra a escola Eruce Paulucci, porém ela está impedida, pois cede 6 salas e aula para a prefeitura de Avaré, e a escola Maria Isabel Cruz Pimentel.

    Ao final a diretora da APEOESP de Avaré destacou que o militar tem preparação para lidar como polícia na rua, e não atuar dentro de uma escola, isso, destacou, quem é preparado são os professores: “Porque não colocam psicólogos. Psicopedagogos na escola? Precisamos muito mais disso do que de militar aposentado dentro de uma escola.”- finalizou Anita Marson.

     

     

     

     

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