O estudante universitário Joaquim Felipe Feliciano Espíndola, 18, foi encontrado morto por colegas em uma república de Bauru (a 339 km de São Paulo) na segunda-feira (18), horas após participar de uma festa e passar mal. O caso foi registrado na Polícia Civil como morte suspeita.
A polícia aguarda o resultado dos laudos necroscópico e toxicológico para dar andamento às investigações. Amigos de Joaquim que moravam na mesma república da cidade do interior paulista deverão prestar depoimento nos próximos dias. O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias.
O estudante é natural da cidade de Andradina (SP) e tinha se mudado para Bauru no mês passado, após ser aprovado no curso de engenharia elétrica da Unesp. As aulas tiveram início no dia 26 de fevereiro.
Segundo a Polícia Civil, um dos moradores da república em que Joaquim morava estranhou que o rapaz estava demorando para acordar e ao entrar no quarto para chamá-lo, por volta das 13h, o encontrou desacordado. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado, mas o jovem já estava morto.
Os estudantes relataram à polícia que, naquela noite, eles haviam ido a uma festa universitária em outra república. Ao chegar em casa, Joaquim teria passado mal e vomitado antes de ir para o quarto dormir.
O corpo da vítima foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Bauru, onde foi submetido a necropsia e ao exame toxicológico.
"Ainda é muito cedo para falar o que provocou a morte desse estudante e o que ele ingeriu. Precisamos do resultado dos laudos para avançarmos no caso", disse o delegado Eduardo Herrera.
João Vitor Feliciano Espíndola, irmão de Joaquim, diz que o jovem não tinha o hábito de ingerir bebida alcoólica e não tinha nenhum problema de saúde diagnosticado.
"Ele contou que ia na festa e falei com ele por mensagem, por volta das 20h40, um pouco antes de ele ir dormir. Ele não reclamou nada e só falou que iria dormir porque no outro dia tinha aula logo cedo", disse.
Ainda segundo o familiar, o rapaz gostava de praticar esporte e participava de campeonatos de judô.
"Ele não tinha costume de beber, não era fumante e não tinha nenhum tipo de vício. Ainda não sabemos o que pode ter acontecido".
Em nota, a Unesp de Bauru informou que decretou luto até o dia 21 e lamentou o ocorrido.
"A Faculdade de Engenharia de Bauru da Unesp lamenta profundamente o ocorrido e informa que prestou e vem prestando todo o auxílio psicológico e de assistência social à família do aluno. A causa ainda é desconhecida e a apuração das circunstâncias está sendo feita pelas autoridades competentes", diz o comunicado, assinado pelo diretor do campus e professor José Alfredo Covolan Ulson.(Da Folha de SP)