
FORMA DE POETAR...
Uma vida tão dura
Numa terra tão pura
não faz parte do cotidiano
o hábito da leitura
Que reprime de um modo leviano
A possibilidade de abertura
A esse povo tão sofrido
Tão perdido na ilusão
A que tudo é reprimido
E que mexe com a emoção
Rimando poesia e desventura
Tudo na mesma lição
Porém faz parte da nossa literatura
Versar com o coração
Onde a vida é um eterno poetar
E aos sonhos dão vazão
Um povo tão simples na forma de amar
Que faz da poesia uma canção
Esperança e amor sempre a rimar
Sempre com tanta paixão
Uma linda história a contar
Mesmo que sem razão
Os escritos não saiba registrar.
Verinha Fagundes