O general Tomás Paiva, que assumiu o comando do Exército 13 dias depois dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, avalia que tem cumprido a sua principal missão. “A política está distante dos quartéis, como tem que ser.
A lógica que prevaleceu é a do cumprimento do que está previsto na Constituição. Isso está cada vez mais consolidado. Este é o único caminho que a gente tem na direção de ser um país moderno”, afirmou o militar.
Cada vez mais próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paiva avalia que o Exército errou quando, em abril de 2018, o então comandante da caserna general Villas Bôas fez um post repudiando a impunidade às vésperas do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de um pedido de habeas corpus do líder petista. “Acho que nós erramos. Não vou julgar também o comandante anterior, a quem eu tenho toda a lealdade. Acho que é um erro coletivo”, disse.
Paiva afirma ainda que não se opõe à reinstalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, que vem sendo postergada pelo presidente, diz que Lula fez um “gesto ao país” ao barrar atos do governo contra o golpe militar e defende mais recursos para o Exército continuar coordenando operações em todo o país.(Do Globo)