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    Palanque do Zé #44 - A caixinha do fim do Mundo

    1408 Jornal A Bigorna 26/03/2020 13:10:00

    Palanque do Zé

    Ontem tive que sair, apesar da indicação de ficar em casa. Fazia 4 dias que eu não colocava as rodas na rua.

    Fui na farmácia e comprei remédios para a minha família, para durar três meses.

    Não sabemos se essa questão de COVID-19 vai durar muito a ponto de nos deixar sem dinheiro ou sem distribuição adequada de medicamentos.

    Não é ser egoísta. É ser prudente. Todos esses remédios são essenciais para as nossas vidas. Não são coisas com as quais podemos ficar sem, tipo álcool em gel, máscaras ou papel higiênico.

    Mas o que me espantou mais, foi que tudo ficou numa caixa de supermercado de tamanho médio. E custou quase R$ 600.

    O volume de remédios que tomamos num prazo relativamente curto de tempo, aliado ao alto custo de medicação essencial à manutenção da vida, só demonstra três coisas: Que o Estado não está fazendo o suficiente para possibilitar que todos tenham acesso aos remédios, que somos uma sociedade doente majoritariamente e que a Indústria Farmacêutica é muito mais poderosa do que eu supunha.

    Quando cheguei em casa com aquele volume todo de medicamentos, minha Mãe perguntou o que era. Prontamente respondi: A caixinha do fim do Mundo.

    De novo: Estou rindo, mas é de nervoso.

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