Ontem tive que sair, apesar da indicação de ficar em casa. Fazia 4 dias que eu não colocava as rodas na rua.
Fui na farmácia e comprei remédios para a minha família, para durar três meses.
Não sabemos se essa questão de COVID-19 vai durar muito a ponto de nos deixar sem dinheiro ou sem distribuição adequada de medicamentos.
Não é ser egoísta. É ser prudente. Todos esses remédios são essenciais para as nossas vidas. Não são coisas com as quais podemos ficar sem, tipo álcool em gel, máscaras ou papel higiênico.
Mas o que me espantou mais, foi que tudo ficou numa caixa de supermercado de tamanho médio. E custou quase R$ 600.
O volume de remédios que tomamos num prazo relativamente curto de tempo, aliado ao alto custo de medicação essencial à manutenção da vida, só demonstra três coisas: Que o Estado não está fazendo o suficiente para possibilitar que todos tenham acesso aos remédios, que somos uma sociedade doente majoritariamente e que a Indústria Farmacêutica é muito mais poderosa do que eu supunha.
Quando cheguei em casa com aquele volume todo de medicamentos, minha Mãe perguntou o que era. Prontamente respondi: A caixinha do fim do Mundo.
De novo: Estou rindo, mas é de nervoso.